
Eu confesso que sim, eu leio para mim mesma. E sei que não se trata da atividade mais recomendada pela maioria dos tarólogos.
Por que alguém não deveria fazer isso?
Bom... motivos existem muitos... até 78 eu diria, hihihi
O que é um argumento muito válido para essa coisa de não ler para si é um simples: vc pode ver coisas que não estão lá... ou pior, ignorar coisas que sejam óbvias. Se lemos os símbolos como os vemos, será que não os anulamos ou ignoramos quando nos assustamos?
Rachel Pollack nos coloca que uma coisa que corremos o risco de fazer - e que eu mesma já me peguei fazendo - é pensar: ixi, 8 de espadas? Ah, mas não vale... foi só um treino.
Tá certo que muitas nos assustamos com o que a gente mesmo vê... mas, precisamos lembrar que temos de ter a mesma calma que temos quando estamos com o consulente.
Vale pensar tb que podemos nos tornar pessoas que se viciam nas coisas e acabam perguntando para as cartas qual marca de papel higiênico deveriam comprar. Isso é mau. Muito mau...
Por que faço isso?
Ok, eu até sei que talvez não deveria, rs... que resposta mais fugidia... Mas, na verdade, eu acho que se temos os instrumentos, os devemos usar da melhor forma possível.
O que isso quer dizer?
Que o tarot é um instrumento de, antes de tudo, autoconhecimento. Ou seja, é um conjunto de conhecimentos, é a linguagem que podemos falar conosco... Sem fazer previsões intencionais, temos possibilidade de conhecer bons jeitos de andar o nosso caminho e aprender mais sobre nós mesmos.
Quem sou eu como A Imperatriz?
Como eu consigo lidar com O Enforcado?
Onde acontece o 4 de espadas comigo?
Essa reflexão, que eu faço comigo mensalmente, me ajudam a saber, sempre mais, sobre onde colocar meus pés. Nem sempre é um aprendizado simples, fácil ou leve, mas que integram imensamente ao caráter e à alma.
O que vc, tb tarólogo ou estudante ou professor, faz em relação a isso?
E se vc quer fazer também, saiba que o curso online começa agora em abril!
Pietra