A se dizer a quem começa

O que podemos dizer para quem está começando agora?

Oi, tudo bem? Então, você resolveu mexer, conhecer e, quiçá, ler tarot, certo? Que bom! É uma coisa maravilhosa. Você vai entrar num mundo diferente que é uma representação do nosso... e vai aprender uma nova linguagem. E, saiba, isso demanda tempo... e saiba mais, com o tempo, isso vai demandar dinheiro (leia-se coleção de decks). Bom, de tudo, o que eu posso dizer é: seja mais que bem vindo. E saiba que...

- tarot é um instrumento. De divinação, então é uma possibilidade incrível de contato com o que vc considera divino. Portanto, respeito.

- tarot é um instrumento de advinhação e não tem nada de indigno nisso. Faz-se previsões, sim, e as pessoas que buscam o tarot, muitas vezes querem isso. Indigno é quando se promete coisas pelo tarot que não estão lá.

- tarot é um instrumento de autoconhecimento. Porque é conhecendo as situações, as cartas, as combinações e as energias é que sabemos mais e melhor da gente.

- tarot é uma linguagem e, como diz um amigo, tem muitos sotaques. Portanto é preciso tempo para aprender, e, em alguns casos, tempo de adaptação.

- uma vez que vc deseja lidar com isso e deixa as outras pessoas saberem, vai encontrar diversas reações, a maioria de curiosidade e, logo, de pedidos de leitura. Pense em como lidar com isso.

- é importante ler livros e entender que linha faz a sua cabeça e, com o tempo, pensar se deseja, de alguma forma, colocar outras disciplinas no meio da coisa: astrologia, cabala, numerologia, etc.

- saiba que é uma estudo que nunca termina. Então, sempre tem um livro curioso, de um autor que se gosta, um novo deck com ótimas ideias, uma nova tiragem. Vale a pena explorar e conhecer. Inclusive para dizer que não gostou.

- você não está sozinho! Somos muitos! No mundo todo. E é importante e muito legal se juntar para conversa, de vez em quando. Eventos grandes e encontros menores acontecem. E se não acontecem onde você está? Bom, seja pioneiro e convide seus amigos para estudar... ou seja viajante, e conheça outras pessoas.

As trocas são sempre importantes. Vitais, eu diria. Então, leia, escreva, fale.

O Mago mostra o começo... há tanto para andar! E, novamente, sê bem vindo!

Pietra
que viu o Mago faz uns anos e ainda acha que ele está ali na esquina =)

Mago, mais um...

Mago, Wizards Tarot

O Mago veio novamente aparecer para a Pietra... e fazer seu palco, aliás, falei um pouquinho de Magos e Palcos há umas semanas... Resumindo: esse é o meu terceiro posting em 3 meses sobre O Mago. Acho que é o ano de Hermes, não é possível, rsss.

Então, em homenagem a este mago e pensando nas possibilidades, resolvi explorar o Mago do Wizards Tarot, professor de Magia Básica da Mandrake Academy.

O original está no livro Wizards Tarot, Handbook, de Corrine Kenner. Tradução minha.

O Mago é o primeiro professor que conhecemos quando chegamos na escola, e ele tem muita energia e faz suas aulas muito vivas, assim, muitos que estão começando, tendem a sentar lá no fundão.
Ele te faz aprender sobre os instrumentos mágicos que aparecem no deck e como podemos utilizá-los para fazer magia e assim, alterar a nossa realidade.

Usar o tarot para fazer magia não é uma novidade. A energia que se encerra em cada um dos arcanos é forte e vem se desenvolvendo tanto com o nosso uso delas, quanto das interpretações e da força que o tarot ganha ao longo do tempo.

Assim, vamos conhecer a tiragem: Como no céu, seja na terra. Ela explora todas as áreas da vida, através dos arcanos menores. A parte de cima mostra os seus ideais espirituais, emocionais, intelectuais e físicos. A de baixo, ilustra a realidade. Os quatro ases ficam no meio, entre uma e outra, fazendo a ponte entre céu e terra, ideal e real.

Conhecendo a diferença entre um ideal e o que acontece realmente, podemos apreender muito sobre nós e, com o mago, aprender como lidar com tudo isso. Aprender a se divertir mais ou de encarar as coisas como podem ser, de uma forma muito melhorada.

Acho que o Mago nos faz andar nesses primeiros passos de um caminho. Como se usa cada um dos instrumentos? Como é que se faz? O que se olha? E, se vc confiar, ele te conta "os ossos do ofício".

Tudo bem, nosso mundo não exatamente o mundo do Harry Potter, mas será que não podemos mesmo colocar um tanto de magia no nosso dia-a-dia? O Mago diz que sim!

Pietra, aprendendo "tricks of the trade" num emprego bem de Hermes.

Como lidar com as dores?

Falando de cartas doloridas... A Morte, A Torre e a Lua. Numa conversa nas  minhas aulas de arcanos maiores, essas cartas pintaram... E aí, sabemos que temos de enfrentar essas coisas na vida... e aí?

A dor da Morte é uma de perda que talvez não estivessemos preparados... ou mesmo uma dor daquilo que nós mesmos tivemos que matar. Porque era tempo, era momento e algo precisava ser feito.

A dor da Torre é uma de desamparo, porque tudo que julgávamos certo, desmorona e nos sentimos sem chão. E o que se faz com um golpe desses?

E a dor da Lua é uma de não saber direito o que está acontecendo conosco... e ter mudanças de humor... e até de se perguntar: será que eu estou vendo o que não existe? Será que eu estou ficando doida?

E como lidar com isso, foi uma pergunta que eu fiz. E me veio o 10 de espadas.

Shadowscapes Tarot

Morte, Torre e Lua... x 10 de espadas.
E foi mt engraçado, pq a percepção não foi minha somente. Foi de uma pessoa que estava fazendo essa análise junto comigo. E uma das coisas que percebemos é que para lidar com essas dores todas é perceber que, uma hora, isso tudo para de doer.

Meu pai sempre diz que não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe. E penso muito nisso. E penso em como essas dores nos constroem como pessoas. Umas mais, outras menos. Mas é dado que são esses momentos que são nossos divisores de águas.

Então, o que eu penso e digo quando uma dessas cartas pulam numa leitura é que é preciso ter paciência, pq mais dia, menos dia uma Torre pode derrubar o desespero que a própria Torre criou... simples assim, como metalinguagem de tarot.

Fórum Nacional de Tarô e Simbologia

Eu vou!!!

Mais um evento para mover a comunidade de tarot do Brasil. Depois da Confraria Brasileira de Tarot, vem o 2o. Fórum de Tarô e Simbologia, organizado pelo Nei Naiff.

Acontece dia 27 de agosto, sábado, das 9 às 19hs, na Universidade Cândido Mendes, em Ipanema, cidade do Rio de Janeiro.

O que vai acontecer por lá?
Mesas redondas com tarólogos consagrados discutindo e ouvindo dos participantes os rumos do tarot no Brasil. A profissão de tarólogo, inclusive, será um tópico importante do fórum.

Quer garantir seu convite?
http://www.neinaiff.com/forum/cadastro.htm

Quer ver o Facebook do Fórum? Clique aqui!

Espero que possamos nos ver no Rio. E assim fazemos... juntando os tarólgos e estudantes para falar tudo tarot.
Até lá!
Pietra

Agosto - novo grupo de curso online

Arcanos menores.
Vamos começar na primeira semana de agosto.
Às quartas-feiras, 20hs.

O objetivo do curso é que os participantes possam, com o tempo e a prática, conhecer e reconhecer os arcanos menores nas cartas "tradicionais", sem ilustrações, até as mais modernas e com os diversos símbolos inclusos ao longo do tempo.

Vamos falar um pouco sobre a História do tarot, sobre cada um dos naipes. As cortes terão uma aula só pra elas. E, o último encontro, fica para trocas de leituras para prática do que se aprendeu.

Interessou?

Entre em contato! dichiaroluna@gmail.com

Uma conversa com Marcia McCord e seu Tea Tarot

Depois do posting apresentando o Tea Tarot, a autora do deck, me escreveu e acabamos conversando um pouco mais sobre esse deck. Na verdade, ela pediu que eu traduzisse para o inglês o que eu havia escrito e aí, acabamos num bate-papo sobre o que ela fez.

Ela me contou que as imagens que escolheu para o Tea Tarot eram imagens tanto de propagandas de chá (inclusive o Diabo que parece meio assustador, mas ainda assim, tenta te seduzir a tomar aquele chá) quanto de coisas de chá como colheres, açúcares etc.

E, então, perguntei por quê fazer um deck que mistura chá e tarot - e eu adorei a ideia, porque o Chá de Tarot tem a ver com a ideia de tomar chá, relaxar e bater um papo, descontraído, claro, mas não menos sério e atento sobre o assunto. E foi quando a Marcia me contou que ela considera as duas coisas completamente compatíveis. E que ela adoraria ter uma casa de chá na qual poderia ler tarot... e me contou de como gosta de chá indiano ou de chá gelado... E eu fiquei pensando como a ideia do Chá de Tarot é bem essa e como seria gostoso ter um estabelecimento assim...

Eu penso em como isso pode nos ajudar a pensar em duas coisas: a primeira é: como efetivamente mantemos o núcleo do símbolo para fazer um deck??? E mais, como florear os significados dentro de um tema que gostamos?

Pietra, pensando em cartas =)

9 e 10 de copas e ideias de amor

9 e 10 de copas
Wizards Tarot, da Corrine Kenner

Tendo uma grata conversa esses dias sobre o naipe de copas, vieram à tona umas ideias boas sobre o fim do naipe.

O começo da conversa foi que, alguns números dos naipes têm, em geral, uma vista parecida, por exemplo, os 6 todos parecem ter uma leveza para si... mais ou menos, dificilmente alguém vai dizer que qualquer um dos 6 é uma carta destrutiva ou pesada. O mesmo para o ás. Mas, quando o assunto é o fim dos naipes temos duas conclusões mais "legais" e duas mais "encardidas", vide 9 e 10 de espadas (encardidas).

E foi quando chegamos na alegria dada pelos 9 e 10 de copas. E como podemos lidar com cartas que podem, a primeira vista, parecer meio iguais.

Fiquei pensando no caminho dos naipes que podemos fazer quando estamos olhando para as cartas. Quando vemos o 8 de copas e aquela coisa da tristeza e do "sair andando" que se dá porque não são aquelas copas que interessam. E isso faz com que percebamos quais são as copas que interessam... e aí, o naipe se concretiza, no nove (no terceiro 3, na realização efetiva do naipe) e temos o que realmente interessa: satisfação. Independentemente do deck que observamos, a pessoa retratada muito feliz, sabe, com um rosto de contentamento. 

Eu penso e sinto e vejo das minhas experiências com o tarot que, sempre que o 9 de copas aparece estamos falando de uma satisfação pessoal. De uma alegria de ter algo nosso concretizado, como se aquele ás, aquela primeira taça de celebração ou de inspiração se multiplicasse por 9 e ficamos com aquele sentimento gostoso de "missão cumprida" (missão emocional, pelo menos)... é quase uma catarse pessoal de olhar uma coisa pessoal e gostar. E isso se reflete em muitas coisas: numa comida bem feita e até elogiada, num trabalho bem feito, na alegria de oferecer a quem se ama uma oportunidade única, depois daquele sexo gostoso com quem se ama (sim, tarot também pode ser muito sobre sexo). E aí, depois disso, vem o 10.

E no 10 temos sempre mais de uma pessoa "curtindo" as copas. Família, geralmente se pensa, uma vez que, muitas vezes, se trata de um casal e crianças. E aqui falamos de como tudo isso que podemos sentir no 9 se consolida. E pode até ser que não queime como as paixões, mas é a certeza de um caminho bem feito e de que podemos celebrar com quem amamos o que conquistamos. 

Tem horas que eu penso, 9 e 10 de copas é como estar no topo do mundo =)

Pietra

very much in love

3 de copas... 3 Graças

O 3 de copas é uma carta muito bonita. E muito benfazeja, por assim dizer.

"(...) de amigos a amantes, estamos falando de relações em que as pessoas se divertem muito quando estão juntas. É a graça da vida manifestada nas gargalhadas ao caminhar da madrugada por ruas vazias, rindo de nada e de tudo, mas com o melhor dos motivos para estar feliz." Adriana Kastrup, A vida pelo Tarô.

Pessoalmente, sempre que eu encaro essa carta, me faz pensar nas 3 Graças, companheiras de Afrodite dançando. E, é através das Graças, das Charites, que as bênçãos dos Deuses se fazem manifestas na vida dos homens.

Então, estou pensando: Se você dança e celebra com o 3 de copas, pense e responda: Quem são as outras 2 graças que celebram com vc?

Alegria, alegria!
Pietra

Mesmo tarot, desenhos diferentes...

Nossa... já faz uns dias que passou... E já estamos cheios de planos para a próxima lol

Na Confraria Brasileira de Tarot, minha palestra era sobre como temos uma oferta tão imensa de decks, com diferentes artistas e com eles, diferentes meios e conceitos... e como isso pode - ou não - mexer na nossa interpretação e na nossa percepção do símbolo. E, a medida com que a palestra foi indo, tanto o Nei Naiff quanto minhas amigas foram colocando suas ideias e a coisa do símbolo crescendo e o entendimento, melhorando.

Minha ideia primeira foi mostrar como é que uma carta aparece em diferentes decks e como os vários autores pensam seus arcanos. E para isso levei 13 decks diferentes para repertoriar minha fala.

Levei deck só com animais, com todos os tipos de gente... Gaian tarot, Shadowscapes, Barbara Walker... de um tudo hihihihi

Livro e carta A Estrela do Shadowscapes.

O arcano que eu sorteei para falar foi A Estrela e eu gostei muito disso, porque esse é sempre um arcano lindamente representado em decks. Fora que ela tem um sentimento leve para ela, o que faz tudo ficar ainda mais gostoso.

E assim, fomos durante a conversa falando de como precisamos nos centrar no que é central para a carta: a Estrela. O que ela é? Qual seu sentido histórico? O que será que ela está fazendo entre os 22 arcanos maiores?

Falamos um pouco sobre A Estrela ser o guia. Porque é olhando para o céu que vemos o Cruzeiro do Sul e sabemos onde o sul é. E pelas estrelas podemos determinar que tempo estamos... e podemos saber para onde ir. E essa compreensão do caminho é o que gera a esperança. Mais que isso ainda, existe a coisa de fazer um desejo... para a primeira estrela que se vê no céu... ou para uma estrela cadente. E quantas pessoas não dizem que os que se vão se tornam estrelas e nos observam e nos orientam do céu?

Talvez A Estrela seja uma carta extremamente poética... talvez ela desperte essa poesia de entendimento que podemos ter sobre ela. Porque ela sempre tem um tanto de água em sua representação, e assim, mexe com os nossos sentimentos.

Sim, a Estrela é um guia das nossas emoções e quando as vemos refletidas na água, no chão, naquela água que está recebendo a mesma dos jarros, é a concretização de tudo aquilo que não podemos alcançar praticamente.

Assim, A Estrela permite que vamos pensando em várias coisas... até chegar nA Estrela do Kitchen Tarot que é o recipiente de ponche, que convida à brindar as alegrias, nos deixa a pensar nessas poesias.

O que ficou fortemente para todos nós ao fim dessa conversa e a observação de todas essas cartas - de novo, 13 decks! - foi que, de tudo, precisamos nos ater ao núcleo do símbolo: tanto historicamente, quanto simbólicamente... e depois olhar os floreios que os artistas se permitem.

E o que é o core dA Estrela? É a luz, a esperança e, principalmente, a orientação. Daí, podemos ir vários lugares...

Na noite sem lua... são as estrelas que marcam o nosso caminho!
Pietra

Um deck bem diferente... e uma ideia sobre decks

Nessa possibilidades últimas de trazer alguns decks dos EUA, tive a oportunidade de comprar um Tea Tarot da Marcia McCord. Ela é taróloga há um tempão e fez dois decks: esse Tea Tarot e o Victorian Trade Card Tarot - ambos com uma tremenda vibração vitoriana e com fotos e imagens pesquisadas pela autora a fim de se fazer caber os símbolos do tarot a partir desse banco de imagens que já existia.

E, a primeira coisa que eu pensei foi: minha nossa, que tempo e que repertório de imagens essa mulher não andou para montar esses decks.

A ideia de comprar o Tea Tarot veio exatamente por conta do Chá de Tarot . Quero dizer, imagina que coisa linda vc ter um deck que representa sua atividade? Adorei. E também gostei da ideia de ter um deck numerado (é o meu terceiro) e vindo direto da autora. É um sentimento gostoso e faz com que vc crie uma ligação diferente com aquela pessoa. E assim foi... R$50,00 e uns dias depois, o deck chegou.

Ele é bem pequeno, mais ou menos do tamanho do Nova. O que me deu uma ideia: vou colocá-lo numa caixinha de chá e ficou demais.

Vale mencionar tb que é o meu primeiro deck que tem um Happy Squirrel. Adorei. Marcos falou que parece um coelho. Acho que é uma coisa de Happy Squirrel.

Bom, tarot novo, vem a coisa de passear pelas cartas e saber como são, que símbolos têm, que ideias estão colocadas ali. E devo dizer que este é um dos decks mais temáticos que eu já vi... Embora eu sim penso como se encaixou tudo que há de tarot no Baseball Tarot, por exemplo, quando o tema é chá, como se faz com um 10 de espadas? Mais ainda, pensando que tem de se lidar com imagens que já existem. Ufa... e observando o deck, percebi duas coisas: existem cartas que o pulo do gato da artista foi incrível... tem outras, que eu estou aqui pensando: "mas, hein?" E sim, nem todas as cartas têm uma coisa de chá, mas são sim todas imagens vitorianas.

Eu fiquei pensando no quão viável seria fazer uma leitura com esse deck. Porque tem mesmo umas imagens estranhas de se interpretar... como O Diabo, por exemplo... E fiquei, então, pensando em como artistas, na vontade de desenvolver um tema sobre o tarot fazem seus decks com inspiração no símbolo e não mantendo o núcleo do símbolo... e embora isso possa inspirar novos insights, nem sempre ajuda quando precisamos fazer uma leitura.

Essa, na verdade, foi uma discussão que nasceu na minha palestra na Confraria. Eu levei 13 estrelas... 13 decks diferentes e onde o núcleo do símbolo se mantém. E como podemos lidar com as inspirações a cerca do símbolo e do significado se dão.

Pra ser sincera, estou dando uma cozinhada nisso ainda. Mas vou soltando minhas ideias sobre isso...

Mas, de tudo, o deck é uma gracinha.
Hora do chá!
Pietra

Tarde de café e Tarot Game

Quer conhecer o The Tarot Game? Está em São Paulo?

Na quinta-feira, dia 14 de julho, à partir das 15hs, convido para se juntar a mim  para jogar, contar histórias e fazer uma leitura de tarot bem lúdica.

Onde? Starbucks do Shopping Center 3, Av. Paulista, ao lado da estação Consolação do metrô.

Te espero!
Pietra

Confraria Brasileira de Tarot - fazendo um sonho, realidade

Foi na abertura da Confraria Brasileira de Tarot que eu tive um vislumbre do que é um sentimento claro de Imperatriz. De gerar uma coisa por meses e ver acontecer.

Emocionante.

Foi um momento, um fim de semana no qual vi muita coisa acontecer... e estou com a cabeça muito cheia de ideias.

Com calma, vou postando aqui.

Agradeço a todos que foram e compartilharam e a toda a equipe do Faces da Lua, além, claro do Edu Scarfon e do Marçal por fazerem esse momento de tudo tarot acontecer =)

Ano que vem, tem mais!
Pietra

Como fazer uma ótima consulta de tarot via e-mail

Uma vez que esta é uma modalidade de leitura que eu faço - e tem se provado bastante eficaz - resolvi traduzir esse texto da Theresa Reed, a querida Tarot Lady.

O posting original está aqui: The Tarot Lady Blog.

"(...) então se você decidiu fazer uma consulta por esse meio, é importante pensar em alguns detalhes.

Primeiro de tudo, o e-mail não é diferente de nenhum outro meio de comunicação. Energia é energia e sua vibração pode vir de forma bem clara via e-mail. Talvez até melhor. E vou dizer por quê: porque você realmente tem de sentar e pensar sobre o que irá perguntar. Isso faz com que você realmente coloque um esforço mental para o que deseja saber. Quando se faz uma pergunta com esse tipo de esforço mental há menos chance de você colocar outros pensamentos e sentimentos nas suas perguntas.

Assim, existem poucas formas de obter uma resposta clara. Fazendo uma pergunta clara. E aqui seguem algumas dicas para quem deseja lidar com o tarot eletronicamente:

1. Faça a sua pergunta de forma direta e clara. Evite histórias transversais que acabam fazendo a pergunta ficar um tanto confusa. Escreva de forma "curta e grossa".
2. Uma pergunta vaga tem uma resposta vaga. Faça suas perguntas de forma mais direta possível. Por exemplo, ao invés de dizer "o que você pode dizer sobre o amor?", uma pergunta melhor seria "como seria uma forma de manter um relacionamento saudável com o Fulano?" Isso dá para o tarólogo elementos para trabalhar a resposta e poder ver o que acontece com a pessoa mais claramente.
3. Não junte duas perguntas numa só. Algumas pessoas podem tentar colocar mais de uma pergunta dentro de outra por conta de preço ou da política da leitura, mistura tudo e fica uma confusão para o tarólogo. Sempre que precisar, faça mais de uma pergunta. Nem que custe mais caro.
4. Coloque uma foto sua ou das pessoas que estão sendo consultadas juntamente com a data de nascimento. Se o tarólogo conhece o consulente, fica fácil de fazer a visualização. Agora, quando não, com as fotos, o tarólogo tem um foco para sua energia enquanto se concentra e embaralha o deck.

Assim, se você tem uma pergunta que está te matando, a resposta pode estar apenas a um clique de distância =)"

Bacana, não é?
Então, peça a sua leitura por e-mail!
Pietra

Como foi o experimento

Conforme eu havia dito e colocado aqui, queria experimentar ler com o esquema de Vitruvian Squares proposto pelo autor Scott Grossberg. E sorteei 2 leituras, uma de uma carta e uma de 3 cartas. E agora, quero contar um pouquinho do que eu percebi dessas leituras e do esquema todo.

Uma leitura foi de 3 cartas e uma de 1 carta. Segue um pouco de como a coisa aconteceu e que ideias tive.

Para a leitura de 1 carta, nós pegamos essa carta, pensamos num contexto a se trabalhar e a sobrepomos no quadrado. O desenho da carta vai colocar diferentes símbolos sobre diferentes partes do quadrado.

Vamos a um exemplo?
Se pegarmos O Eremita e, num contexto de trabalho, por exemplo, podemos pensar:
A lanterna do Eremita fica no quadrado 1. Os começos ficam iluminados pela lanterna do Eremita. E essa luz, essa sabedoria nos faz pensar no que já sabemos fazer, em quais instrumentos dO Mago já temos para construir um futuro.

A cabeça dele, no quadrado 2. E é o mental que nos ajuda a conectar-se com a profundidade da Suma Sacerdotisa, o pensamento é muito pessoal e se faz dentro de si... É um pensar sozinho para a tomada de uma decisão justa.
Os quadrados 3, 4, 6 estão vazios.
Os quadrados 7 e 9 estão com os picos nevados. Não se tem muita certeza de que todas as ações tomadas darão um resultado, mas estão marcadas... porém, talvez, longíncuas.
No quadrado 8, está os pés do Eremita. É um pedido de movimento... de depois de pensar partir com a vontade da Força e os desejos da Estrela para o que a cabeça que tb está nessa coluna de valores, imaginou.
Basicamente, o foco da carta é o plano mental, de futuro e de presente, pois é nesses espaços que encontramos a maior parte dos símbolos da carta.

A conclusão que cheguei junto com a minha consulente/cobaia =) foi que essa seria uma forma excelente de ler um conselho, uma última carta de leitura para uma pessoa. Que pode nos colocar de forma mais profunda junto ao significado geral da carta junto ao contexto.

A de 3 cartas, foi um pouco diferente, mas muito sincrônica...
A consulente escolheu o contexto e eu tirei para ela  3 cartas. Não as virei. Então, pensando no que ela gostaria de saber sobre o assunto, perguntei em quais quadrados ela gostaria de colocar as cartas para ter uma orientação. Ela escolheu: a primeira carta no primeiro quadrado, pensando no futuro... a segunda carta tb no primeiro quadrado, mas pensando nos pensamentos e na vontade; e a terceira carta no sexto quadrado, onde ficam as uniões e os arcanos dOs Enamorados e dO Diabo.

Aí, começa a sincronicidade... pq as duas cartas do primeiro quadrado eram 8: Justiça e o 8 de copas. Ou seja, planejar um futuro abandonando o que não serve mais... fazer acontecer sem mágoas... e ganhar o que merece. No quadrado 6, ficou o 6 de ouros. Ou seja, uma união feita pela generosidade e pela abertura de coração.

Achei muito legal que as cartas se encaixaram dessa forma.

A consulente comentou que foi muito próprio para o que ela estava pensando. E juntas, vimos os quadrados, os seus significados e os relacionamos com os arcanos que aparecem com o que está em cada quadrado. Fica uma leitura muito rica =)

Importante dizer que, para fazer essa leitura é preponderante que ambas partes tenham contato com os Squares. Quero dizer, é legal dar uma estudada neles antes de ler para ter uma ideia de como conectar conceitos e significados.
Para quem tem o paninho da leitura, fica mais fácil, no caso das leituras online, é legal ter uma figura aberta.

Para ler o texto da Alethea contando como foi a leitura dela, clique aqui.

E se vc quiser uma leitura com o Vitruvian Squares, me escreva! dichiaroluna@gmail.com

Até mais!
Pietra

Trionfi, de Petrarca

post original da Nádia Greco. Obrigada, querida!

"Francesco Petrarca (1304 - 74) - Fez extensas viagens entre a Itália e a França, e de 1311 a 1353 residiu na Provença a partir daí viveu na Itália. Veio a ser chamado de "primeiro homem moderno" por ter proporcionado o material essencial e o exemplo primordial para o florescimento do humanismo no século seguinte.


Grande poeta latino escreveu os poemas que descreviam os desfiles comemorativos dos triunfos do amor, castidade, morte, fama, tempo e eternidade, os poemas conhecidos como Triunfos. Após sua morte, cenas do triunfo tornaram-se populares sendo reproduzidas em xilogravuras, arcas nupciais e outras pinturas, inclusive no reverso do retrato de Frederico da Montefeltro e sua esposa, Battista Sforza, por Piero della Francesca. 


Foram inventados outros "triunfos" : das estações do ano, das virtudes, das artes. A cerimônia comemorativa das vitórias romanas na antiguidade era chamada " O triunfo" do vencedor".


O astrólogo Jeffrey Wolf Green faz a seguinte observação" históricamente falando, a última vez que Plutão foi para Sagitário e quando Netuno e Urano foram para Aquário; está diretamente relacionado com o início da revolução na consciência humana que é conhecida por Renascença (Renascimento)".

" .... e também relacionada as disciplinas que chamamos ciências naturais, ou seja a observação da Natureza e de suas leis naturais; e uma drástica mudança da percepção de Deus e da Igreja como poderes únicos". Muitos outros dados poderiam ser fornecidos, mas acredito que estas afirmações já servirão para reflexões posteriores.

É importante determinar nossos objetivos, como tarólogos; que esperamos para nós mesmos?Mesmo adotando um ponto de vista diferente uns dos outros, somente unidos poderemos adquirir respeito profissional, deixando de lado a imagem negativa de "adivinhadores de sorte". O rico contexto simbólico do tarot; que faz parte do inconsciente coletivo, e de nosso dia-a-dia retorna com força num momento onde a sociedade é extremamente materialista e distante de seu conteúdo interior , num momento tão carente de equilíbrio e de paz... Mas não terminaremos por aqui, as imagens "O louco e a estrela" em Pompéia, ainda esperam sua história poder contar, um outro dia ...

Nadia Greco"

Jogando e aprendendo a jogar

A vedete do último Chá de Tarot presencial - julho - foi o The Tarot Game, da amiga Jude Alexander. 

Embora eu não pretenda que o Chá de Tarot se torne um encontro apenas para jogar o The Tarot Game, ele funcionou muito bem com a dinâmica que temos. Todos puderam contar coisas de suas vidas. Gerou lágrimas, algumas incertezas, mas certamente muita histórias interessantes. E sempre que contamos histórias, tanto nos encontramos nelas quanto percebemos coisas novas. 

O Chá de Tarot não vai perder o caráter de estudo que ele tem. 

O que eu estou pensando é em fazer tardes de partidas do jogo, como acontece com o Chá de Tarot.

Quem quer?

Pietra

Tiragens periódicas - A Imperatriz

Como eu já comentei, faço algumas leituras pessoais tanto para autoconhecimento quanto para, vamos dizer assim, autoregulação =)

Toda lua cheia faço uma leitura de 3 cartas que me guiam pelo mês lunar. Acho uma tirada muito interessante porque me ajuda a ter parâmetros do que vou encontrar pelo mês e que postura devo adotar para lidar com o que vem... de 3 de espadas a Rainha de Espadas, como lidar com tudo isso. E geralmente isso implica em insights bem interessantes.

E uma leitura que faço há tempos também é a tirada de um arcano maior que será meu guia para o semestre. Então, tiro uma carta na virada do Reveillon (31 de dez para 1o. de jan) e uma no comecinho de julho.

Eu sou professora e a mudança de semestre é uma marca muito grande em nossa atividade. Nesse meio, em julho, temos as férias que conferem, além de descanso, um amadurecimento, uma pausa, praticamente um momento de hibernação na caverna. Para que, em agosto, o ano escolar se retorne e as coisas continuem. O lance é que as crianças voltam diferentes, mais maduras. É mesmo um momento de passagem. Então, para conhecer esse novo momento, eu tiro um arcano maior.

De janeiro até junho, eu fui acompanhada pelA Imperatriz. Tal qual foi no primeiro semestre do ano passado.

Imperatriz, Shadowscapes Tarot

A Imperatriz me mostrou muitas coisas, praticamente até seu último dia comigo. Falou comigo de ter um relacionamento melhor com a minha mãe. Parece que a pessoa tem feito um esforço para ser a Imperatriz da casa dela e debelar conflitos.

A Imperatriz tb me fez mãe de mais um gatinho, a Luna... que estava meeeesmo precisando de uma casa.

Criei, gestei e, em breve vou parir um evento de tarot lindo: Confraria Brasileira de Tarot. Também cuidei dos meus filhos: blog de tarot, que rendeu consultas, cursos online... e do Chá de Tarot. Sim, meu jardim de Imperatriz tem tarot e conhecimento cultivado... amigos, bons amigos... e planos.

No Tarot Shadowscapes, a autora diz que os espíritos que andam na natureza se apresentam à Imperatriz, dançam e explodem em música e luz e depois, dela se despedem em alegria.

Agora, o que vai mexer nesse jardim vem de fundos diferentes, talvez um tanto incerto ainda, mas está tudo enraizado e cuidado com carinho. Sigo ao segundo semestre com O Imperador. É hora de criar uma nação.

Leitura: livro "Tarot for Your Self

da Mary Greer. Um must-read. E aceito que ando fanzoca da Mary. Mas preciso dizer que, é uma das coisas mais legais que já li fora da grade Hajo - Naiff - Nichols (que adoroooooo).

Esse é um livro que já existe há algum tempo e tem a ideia de ajudar as pessoas a lidar com o tarot para si, como diz o título. A medida com que vamos estudando e aprendemos, vemos milhares de jeitos de lidar com leituras e com as cartas para os outros. E para nós? Bom isso é sempre pano pra manga. Escrevi um pouco sobre isso...

Então, esse livro inspira a gente a pensar no tarot em milhares de formas de lidar com a gente, pois acredito que, se temos um instrumento e sabemos usá-lo, podemos e precisamos aprender NÓS com ele. Quero dizer, se vc sabe cozinhar, pq não vai fazer para si?

E no livro ela nos ajuda a ir além do que seria aquele bloqueio inicial, tanto de achar que estamos influenciando o jogo quanto de olhar para as cartas e achar que estamos vendo o que queremos ou que não é nada daquilo.

De rituais, a tabelas de estudo, o livro traz muitas dicas e muitas reflexões que eu acredito que vão nos colocar muito mais perto do tarot: como instrumento, como oráculo, como conselho. Existem muitos exercícios práticos para nos ajudar a refletir de forma profunda, porém sem neuras para fazer com que funcione para a gente.

A única coisa que eu penso, por exemplo, é que mesmo com nossas capacidades, podemos e até devemos buscar um outro tarólogo, caso sintamos que não estamos lidando bem com a coisa. É como médico que busca médico... juiz que tem advogado. Tem horas que as trocas, que o olhar fresco do outro é muito importante para fazer a compreensão completa.

Então, conforme eu for avançando no livro, comento aqui com vcs... Mas de cara eu digo: uma excelente compra!

Pietra

De ser a Rainha de Espadas

Um pequeno "causo"...

Fui fazer uma entrevista de trabalho ontem. E a senhora que me atendeu, antes da coordenadora, era dona da escola, porém ela: a) sabia pouco da parte técnica pedagógica; b) sabia nada de inglês. Ela veio me falar então dos intermeios da escola, e como algumas coisas funcionavam. E a conversa pegou um caminho beeem desconfortável - e fui sentindo a Rainha de Espadas crescendo dentro de mim...

A conversa era uma mistura de regras com uma suposta ética da escola: "aqui, não gostamos que professor falte. Professor tem que estar sempre saudável."

Respondi que, lidando com crianças, coisas acontecem: conjuntivite, rotavírus, gripe...

Ela me olhou: "mas professores tem de ficar bem. Quem vai cuidar das crianças?"

Pergunto: a escola dá convênio médico? Não. Paga um salário decente pra vc comprar um plano de saúde? Não.

Aparentemente, escolas querem que vc trabalhe 44 horas por semana por R$1200, faça pós-graduação, esteja sempre atualizada e fazendo cursos, com o planejamento em dia.

A Rainha de Espadas olhou para a dona da escola, agradeceu a oportunidade e se foi. A Rainha de Espadas conhece seu reino, entende como as coisas são feitas e sabe que para fazer pontes precisa de um engenheiro e um tanto de material e tempo...

Pietra, com a Rainha de Espadas na lunação.

Decks... novos decks... sempre uma delícia!

Morgan-Greer Tarot

Em julho fui uma mulher privilegiada. 3 decks novos na coleção - e esperando o quarto (hihihi). E como se faz com TUDO isso?

Primeiro, suspiramos!

Depois abrimos o pacotinho com cuidado, tiramos o plastiquinho e...

E que cada um tem um jeito de lidar com isso. Tive uma conversa com umas amigas sobre isso e descobri que cada qual tem um ritual diferente para lidar com deck novo.

Barbara Walker Tarot

Eu gosto de abrir a caixinha, tirar o plástico  e olhar se o deck tem uma cartinha que fala do artista e da ideia do deck, depois eu passo carta por carta, para olhar na carinha de cada uma delas. Aí, eu dou uma olhada no LWB (little white book, livrinho branco) e aí, eu vou num momento maluco de embaralhar... embaralho por muitos minutos, pensando que é um novo companheiro para leituras, para exploração do oráculo. Dou umas cortadas no deck para ver o que ele me mostra, mas sem nada específico... e aí, guardo esperando a primeira oportunidade para fazer uma leitura com ele.

Na conversa que eu tive, eu descobri que as pessoas têm muitos rituais com seus decks. Tem quem embaralha sem olhar e faz uma pequena leitura de como vai ser a relação com aquele deck, a que ele veio... Tem quem deixa o baralho todo aberto no altar... tem quem passe nos elementos (ar, água, fogo e terra)...

E, indo um pouco mais além, descobri que algumas pessoas ainda, têm rituais para quando terminam uma leitura para limpar seus decks... Alguns colocam as cartas todas em ordem... outros, fazem defumação... outros, limpam com um pano de algodão... Eu? Eu embaralho mais e mais.

Wizards Tarot

E, disso de rituais, a última coisa que eu vim pensando é que eu não me importo quando as pessoas mexem nos meus decks, pelo menos quando eu estou olhando. Quero dizer, não sei bem como eu iria lidar se eu visse uma pessoa mexendo nas minhas coisas, mas, em momentos de estudos, leituras e coisas assim, não me importo em compartilhar meus decks de jeito nenhum. Acho que as pessoas têm direito de lidar e de manipular as diferentes ferramentas do oráculo.

E você? O que faz quando ganha/recebe/compra um deck novo?
Pietra