Um deck bem diferente... e uma ideia sobre decks

Nessa possibilidades últimas de trazer alguns decks dos EUA, tive a oportunidade de comprar um Tea Tarot da Marcia McCord. Ela é taróloga há um tempão e fez dois decks: esse Tea Tarot e o Victorian Trade Card Tarot - ambos com uma tremenda vibração vitoriana e com fotos e imagens pesquisadas pela autora a fim de se fazer caber os símbolos do tarot a partir desse banco de imagens que já existia.

E, a primeira coisa que eu pensei foi: minha nossa, que tempo e que repertório de imagens essa mulher não andou para montar esses decks.

A ideia de comprar o Tea Tarot veio exatamente por conta do Chá de Tarot . Quero dizer, imagina que coisa linda vc ter um deck que representa sua atividade? Adorei. E também gostei da ideia de ter um deck numerado (é o meu terceiro) e vindo direto da autora. É um sentimento gostoso e faz com que vc crie uma ligação diferente com aquela pessoa. E assim foi... R$50,00 e uns dias depois, o deck chegou.

Ele é bem pequeno, mais ou menos do tamanho do Nova. O que me deu uma ideia: vou colocá-lo numa caixinha de chá e ficou demais.

Vale mencionar tb que é o meu primeiro deck que tem um Happy Squirrel. Adorei. Marcos falou que parece um coelho. Acho que é uma coisa de Happy Squirrel.

Bom, tarot novo, vem a coisa de passear pelas cartas e saber como são, que símbolos têm, que ideias estão colocadas ali. E devo dizer que este é um dos decks mais temáticos que eu já vi... Embora eu sim penso como se encaixou tudo que há de tarot no Baseball Tarot, por exemplo, quando o tema é chá, como se faz com um 10 de espadas? Mais ainda, pensando que tem de se lidar com imagens que já existem. Ufa... e observando o deck, percebi duas coisas: existem cartas que o pulo do gato da artista foi incrível... tem outras, que eu estou aqui pensando: "mas, hein?" E sim, nem todas as cartas têm uma coisa de chá, mas são sim todas imagens vitorianas.

Eu fiquei pensando no quão viável seria fazer uma leitura com esse deck. Porque tem mesmo umas imagens estranhas de se interpretar... como O Diabo, por exemplo... E fiquei, então, pensando em como artistas, na vontade de desenvolver um tema sobre o tarot fazem seus decks com inspiração no símbolo e não mantendo o núcleo do símbolo... e embora isso possa inspirar novos insights, nem sempre ajuda quando precisamos fazer uma leitura.

Essa, na verdade, foi uma discussão que nasceu na minha palestra na Confraria. Eu levei 13 estrelas... 13 decks diferentes e onde o núcleo do símbolo se mantém. E como podemos lidar com as inspirações a cerca do símbolo e do significado se dão.

Pra ser sincera, estou dando uma cozinhada nisso ainda. Mas vou soltando minhas ideias sobre isso...

Mas, de tudo, o deck é uma gracinha.
Hora do chá!
Pietra