Boas vindas a quem chega!

Este é um blog destinado a falar de tarot. Para escrever sobre tarot e suas infinitas possibilidades. Para ler tarot, presencialmente ou online.

Para agendar a sua leitura, entre em contato: pietratarot@icloud.com

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Curso online de Arcanos Menores - junho


Nova turma!
O curso online de Arcanos Menores vai abrir, a partir da segunda semana de junho, turmas a noite.
É um encontro, via Skype, semanal no qual estudamos os naipes, seus simbolismos, os números das cartas e como lidar com os arcanos menores mais tradicionais até os mais ilustrados e contemporâneos.

Para mais informações, deixe seu comentário ou me escreva: dichiaroluna@gmail.com

Pietra



domingo, 29 de maio de 2011

Existe um deck mais fácil para ler?

Essa foi uma pergunta que me fizeram ontem no encontro presencial do Chá de Tarot. Se existe um deck que seja mais fácil para quem esteja aprendendo a ler tarot...

Encafifei... Será que isso existe mesmo? Quero dizer, houve um tempo que o que se tinha no mercado era basicamente o Marselha, o Waite-Smith e quiçá, o Thoth... Mas, o tempo passou e muitos artistas tarólogos ou tarólogos artistas acabaram por nos presentear com muitos decks lindos, boas ideias: ou seja, um universo IMENSO de possibilidades.

Hoje temos tarot de cigano, de celta, de romano, de fada, de planta, de deusas, de deuses, alquímicos, esotéricos, das donas de casa... e misericórdia, acho que de mais tudo que podemos pensar.

E aí? E quem está começando agora, arranhando a superfície desse nosso universo?
Qual é o melhor deck para se aprender a ler?

Vou falar da minha história. Eu aprendi a ler com o Mitológico, da Liz Greene. Para mim, foi excelente, porque eu sempre me liguei em mitologia grega. E até hoje, carrego em mim, palavras da Liz Greene, ideias como os não-reversos ou como algumas coisas dos arcanos menores ficaram marcados em mim.

Força, Waite-Smith deck.
Imagino, então, que, quando temos um primeiro deck com o qual aprendemos, ganhamos uma marca forte. Agora, imagina você ser o responsável por deixar essa marca? Quando a pessoa me perguntou isso ontem, me deu um gelo no estômago porque eu estamos prestes a fazer essa marca na pessoa.

Então, sem pensar muito em melhor ou pior, eu dei minha opinião... "Acho que é legal você começar com um Waite-Smith." E por quê eu fiz isso? Simples. Porque é um deck muito popular, comum eu até diria e isso é uma coisa boa. Pois se torna uma grande referência. A pessoa que começar com ele, vai encontrá-lo em muitos artigos na rede, vai ver suas imagens em muitos lugares e vai dialogar com ele e com o mundo. Além de acreditar que as pessoas hoje se sentem mais à vontade com pips ilustrados.

Eu nunca diria que um deck é melhor que outro... porque tarot tem sua dose de Arte e de Subjetividade, ou seja, as emoções que um deck suscita para mim, pode ser muito diferente para outras pessoas... Vide o Deviant Moon... sabe quando o santo não bate? Mas, a experiência do primeiro deck é a mais, senão uma muito importante.

Agora, se alguém te fizer essa pergunta, o que você responde?

Pietra

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Kindle: uma fonte de leitura e escrita - de tarot

Há pouco mais de uma semana, baixei o app do Kindle no iPhone e preciso dizer que é uma coisa muito prática. Primeiro que facilita o acesso que temos a livros que, se comprassemos na Amazon.com demorariam pelo menos um mês para chegar e claro, diminui um tanto o tanto de papel que temos no mundo.
O Kindle, em si, é um reader. Você pode ter o aparelhinho, que vende na Amazon... é quase um tablet. Mas, para facilitar a vida de todos, existem vários apps disponíveis: de iPhone e Mac a PC e Android. E se vc baixa o aplicativo num dispositivo móvel e no seu computador, eles se ligam automaticamente, atualizando onde vc já leu, que livros comprou etc e tal.
 
E isso facilita a leitura, porque tudo é ajustável e móvel. Você carrega seu dispositivo móvel, tem seu livro, pode fazer várias marcações nele - inclusive notas.
 
E depois da propaganda do Kindle em si, preciso contar um pouco dos livros que estou lendo, na verdade um com mais afinco que outro, dadas as necessidades do meu curso de arcanos menores. Comprei 2 livros da Mary Greer: 21 ways to read a tarot card e Understanding the Tarot Courts. E o último é o meu queridinho do momento. Primeiro que a autora é ótima. Ela tem muito estofo e muito tempo de estudo e prática. Além de ter um blog muito bem cuidado e cheio de informações práticas e teóricas. Segundo que o livro além de ótimas informações e de ser, efetivamente, fonte de estudo, traz muitos exercícios práticos que nos ajudam a exercitar (literalmente), compreender e perceber novas nuances do tarot que usamos e trabalhamos.
 
Understanding the Tarot Courts nos leva a diversos planos e possibilidades das cartas de cortes, que em geral, são consideradas encardidas para muita gente. Eu, pra falar a verdade, nunca tive uma grande questão com elas. Comecei a entendê-las melhor com os podcasts da Ginny Hunt - 78 notes to self - que ajudam a ver uma perspectiva histórica da coisa, o que nos afasta de apenas dizer que se trata de uma pessoa alta e morena, de mais ou menos 30 anos e muito eloquênte (cavaleiro de espadas).
 
Mary Greer mostra que as cartas de corte podem ser pessoas, claro. E pessoas que conhecemos. Que convivem com a gente. E que podem, inclusive, serem cartas de corte reversas e que dão muita dor de cabeça. Mas também podem falar de signos, posições, arquétipos humanos, pessoas da família, que podem estar dentro de nós como professores internos ou mesmo, nossas sombras, demonstrando comportamentos que talvez julguemos ou não entendamos.
 
Eu penso que lidar com cartas de corte, talvez como todas as outras, precisa ser um exercício que se faz sem medo, ou seja, sem ter chilique se uma carta de corte aparece na jogada. Que é preciso discernimento, pois não podemos ser fatalistas ou criar falsas esperanças. E que o mais importante é a percepção - que vem junto com a experiência - como se relacionam essas cartas? Que outros arcanos estão a sua volta?

Pietra

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Aprendi no Dia Mundial do Tarot

Encontro do Dia Mundial do Tarot em SP
Reuniões de tarot são maravilhosas. A gente nem precisa de pauta e a coisa acontece...

Para a reunião em honra do Dia Mundial do Tarot levamos diferentes decks e muita vontade de bater papo, conhecer gente nova e aprender coisas novas. Porque não tem jeito. Sempre aprendemos uma coisa nova!

E a coisa mais emblemática aprendida hj me foi ensinada pela amiga Petrucia Finkler. Falavamos de embaralhar as cartas. E preciso dizer... eu acho que é uma coisa meio tricky, meio que tem um "pulo do gato". E não é que tem mesmo?

Petrucia me falou de como fazendo o embaralhar de uma forma distinta e respeitosa: com o deck em pé e trazendo as cartas de trás para frente fazemos: 1o. uma distinção entre um baralho de tarot e seu trabalho de um baralho de cartas de jogar; de como nos relacionamos com o oráculo e que isso é a dignidade e o respeito pelo tarot e por tudo que ele representa. 2o. que estamos colocando o futuro sobre o passado. Ou seja, aprendemos com o que passou, mas não, necessariamente o perpetuamos.

Também aprendi um pouco sobre cartas ciganas... e conheci decks lindos, como o Circle of Life Tarot, o Manga Tarot, coloquei as mãos no Mother Peace e o mini White Cats Tarot.

O meu companheiro do dia foi o Housewives.

Tarot... tem como não amar?
Pietra

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Dia Mundial do Tarot - 25 de maio

Conheça os videos que já estão online... http://www.youtube.com/user/WorldTarotDay

Hoje faremos nosso encontro e, mais tarde, conto tudo pra vcs!

Bjos e celebremos! Pq hj é o dia!!!

Dessa lua cheia, O Mago

Sun & Moon Tarot
Mago... ele vai, ele volta... ele sobe no palco e faz seu show.

Eu penso em coelhos na cartola. Eu penso em truques. E penso tanto em quanto podemos nos surpreender com as coisas e quanto podemos mesmo nos deixar levar por algumas coisas. Simplesmente porque é divertido.

Acho que a mente muito analítica do 6 de espadas ganha novas ideias quando relaxa e se diverte com O Mago, com suas invencionices...

Eu não sou muito de circo ou de mágicas e coisas assim... mas é preciso admitir: tem horas que é divertido... e tem horas que é muito misterioso.

Eu penso muito em filmes de mágicos quando O Mago pinta... O Ilusionista, com o Edward Northon que é um mágico chamado Eisenheim e seus truques espantam e mostram para as pessoas coisas que elas parecem querer ver... é uma compleição de ansiedades. O que me chama a atenção nele é que, com tudo isso, ele chega a uma verdade e coloca o que precisa em seu devido lugar... Mágica pode ser desvio... deviation para chegar à verdade.

Em outro filme, O Grande Truque, com Hugh Jackman e Christian Bale, os dois mágicos brigam, literalmente, pelo melhor truque... por quem efetivamente sai por cima. E essa busca leva ao entendimento de novas tecnologias, de relacionamentos humanos... e como podemos ser, externamente, uma mesma coisa sempre, porém, ali dentro, podemos mudar... mas também manipular. No final das contas, aqui também, tudo que é preciso ficar no lugar, fica... mesmo que frente a grandes sacrifícios.

Eu recomendo que se assista a ambos... São visões muito interessantes dO Mago.

Mágica... magia... tecnologia... Acho que estamos em reinos vizinhos... senão o mesmo com nomes diferentes.

O que O Mago te inspira?
Pietra

segunda-feira, 23 de maio de 2011

The Tarot Game

Eu, jogando The Tarot Game via Skype.
Semana passada tive uma oportunidade única!

Via Facebook, entrei em contato com a criadora do jogo The Tarot Game e, ela ofereceu uma rodada do jogo para os primeiros 3 que respondessem o chamado. Fui a segunda!!

E foi uma oportunidade única.

Jogamos via Skype, uma vez que ela mora em Los Osos, California e eu, bem, aqui na Terra Brasilis.

A ideia do jogo é fazer uma leitura de tarot de uma forma bem lúdica e interativa. Os participantes usam dois decks, trocam moedas, que são as bênçãos, Blessings, e terminam o jogo com uma afirmação sobre sua leitura e com algumas respostas interessantes. Com ele, também contamos histórias e vamos descobrindo como, naquilo que vamos trocando de informações, podemos também aprender: com os outros, e com as leituras e com as cartas que aparecem.

O jogo tem dados, tabuleiro e pecinhas - que são pedras... E tem cartinhas... e tem uma folha de leitura, que pode ser também o diário de leituras de tarot. Para começar é importante: fazer uma pequena meditação para acalmar-se e entrar no clima do jogo. Ter um tema: sobre o que vai ser a leitura que o jogo proporcionará? E o jogo pode ser jogado em até 6 pessoas - e também fazer um jogo solo. Ah, sim... antes de começar você e os jogadores decidem como será a leitura... de tantas cartas até chegar no Universo ou se serão apenas 3 cartas e o que cada uma delas significa. Jude e eu fizemos um jogo de 3 cartas muito parecido com o que eu faço toda lua cheia.

A medida com que andamos pelo tabuleiro, vamos encontrando arcanos maiores e cartas e sinalizações que nos chamam a contar histórias, usando cartas de arcanos menores ou cortes para montarmos a nossa leitura. E vamos anotando palavras-chave e ideias que aparecem. Muito bom é que quem joga com você, te ajuda a lembrar em tudo que você pensou. É um grande exercício de reflexão.

Quando o jogo terminou, eu tinha uma saída, uma chegada e um meio de chegar. O que eu achei mais divertido é o que arcano maior que consegui de cara foi O Mago... acho que ele gosta de um joguinho =) E terminei também com uma afirmação que construí frente aos arcanos que tirei. Adorei a leveza com que o jogo se constitui e com que as trocas de ideias, insights e leituras acontecem. Jude e eu saímos muito em paz das nossas leituras - ou pelo menos, foi o que ela me disse.

Bom, nem preciso dizer que eu adorei e que vou pedir o jogo... nossos Chás de Tarot serão muito interessantes com ele... além de outras modalidades... enfim... muitas surpresas.

Para conhecer a Jude, ela tem página no Facebook!

Para conhecer o jogo e comprá-lo, acesse o site: http://www.thetarotgame.com/

Care to play?
Pietra

sábado, 21 de maio de 2011

Da dignidade do tarot

Quando eu me deparo com coisas como esta: http://www.quebarato.com.pt/search?q=astrologia+taro eu fico pensando: "meu Zeus, o que aconteceu?" Note que junto com as pessoas que oferecem consultas, oq é ok, existem as amarrações para o amor (infalíveis) junto com Astrologia, tarot, cartas ciganas... Ai...

O Diabo.

Guilded Tarot, de Ciro Marchetti.
Eu compreendo muitas coisas. Que Umbanda é uma coisa real e legítima e que muitos trabalhos são feitos em seus ritos. Que magia cigana existe e é poderosa. Que determinadas coisas só podem ser desfeitas com o poder do Catimbó. Que Bruxaria (que é a minha espiritualidade) possibilita muitas coisas, principalmente para quem tem a melhor intenção. E também acho que o tarot pode ser colocado dentro dessas coisas todas, como um instrumento espiritual de todos os praticantes citados e outros muitos mais. Quero dizer: tarot não é exclusividade de ninguém, ou de nenhum grupo. Porém, como tudo na vida, existem limites.

Me parece uma tremenda falta de respeito atrelar o tarot (ou os búzios ou as cartas ciganas) a amarrações de amor ou coisas similares.

Tarot é tarô... ele é um mapa para as nossas vidas, inclusive para nos ajudar a descobrir se um ou outro são para nossas vidas... se podemos ir além de nossos relacionamentos e, o melhor, como. Tarot não tem um poder em si de fazer acontecer...

Assim, como é a proposta do World Tarot Day, eu rogo: não deixemos, nós que amamos o tarot, que ele caia nessa falta de respeito, nessa banalização... nesse desentendimento.

Acho que esse escrito foi mais um desabafo... mas juro que não me conformo com as coisas que eu leio, seja na web, em revistas ou em faixas na rua... tem horas que dói...
Pietra

Chá de Tarot de maio

Nos encontramos semana que vem!

Chá de Tarot em Paranapiacaba

Encontro com foco Os Enamorados.


Focos: O Hierofante, no sábado; Os Enamorados, no domingo

Foram dois dias de encontros... distintos e muito inspirados.

No primeiro, do Hierofante, escolhi uma carta do deck e conversamos sobre ela, e trocamos leituras com o que discutimos sobre ele.

As perguntas-guia da leitura dO Hierofante foram:
- O que eu preciso aprender?
- O que eu já sei bem?
- Eu estabeleço/ mantenho: ___________
E dessas três cartas, fazemos uma leitura coletiva.

Encontro com foco O Hierofante.
Do domingo, como tivemos uma brecha de uma palestra sobre Casamento Sagrado, então Petrúcia e eu pensamos em fazer sobre Os Enamorados.

Falamos bastante sobre relacionamentos, sobre complementariedades, escolhas e fazer o que o coração pede.

As rodas de leitura foram feitas em duplas, pois haviam 12 pessoas no Chá! Nossa maior audiência!
A leitura teve foco no que eu preciso saber sobre o que eu realmente quero... Tiramos 3 cartas cada e fomos olhando como é que nos relacionamos com o que realmente queremos... e descobrimos como isso é difícil.

Bom, semana que vem tem mais... e vamos falar sobre Cortes como significantes. Dia 28 de maio, às 15hs, na Casa de Bruxa.
Espero todos por lá!

Pietra

segunda-feira, 16 de maio de 2011

do símbolo

Algumas ideias que eu tive durante uma das minhas aulas de Correntes da Teoria Literária.

Símbolo. O tarot é completamente recheado de símbolos e simbolismos... bom, claro que sim, afinal de contas, cada uma das lâminas é uma representação de uma realidade, de uma situação, de um existir. O tarot simboliza a vida, o tempo que vivemos; o livro das possibilidades humanas.

Aristóteles chama essa representação, essa imitação de mimesis. E, de acordo com ele, toda obra artística tem a mimese por essência, a vontade e o intento de imitar a vida. E toda essa imitação é bastante subjetiva, pois pode ser um símbolo interpretado de várias formas.

Quando lemos uma palavra, imediatamente, suscitamos imagens. E quando lidamos com imagens, cenas pulamos a parte da decodificação de lado, e passamos para a reação. Para a catarse, para a resposta emocional que temos ao defrontarmos com elas.

Assim, como é a minha leitura, o meu entendimento da mimese apresentada por um arcano?

Além de conhecer o significado, o preenchemos com nosso entendimento. O que eu quero dizer é que quando nos deparamos com um arcano, pensamos em seu significado, imediatamente, nos relacionamos emocionalmente com ele, de acordo com nossas experiências prévias. O tarot além de um grande livro da vida, é um objeto de catarse, de purificação emocional.

Penso que para fazer bem esse processo é necessário conhecer símbolo, significado, contexto. O importante do contexto é que ele nos mostra em que tecido temos o fundo o símbolo. Ele dá ao símbolo uma história e uma certa concretude. Penso que assim, é muito melhor fazer uma leitura aberta e honesta conosco ou com o consulente, do que deixar as coisas se fazerem no escuro. É muito mais fácil conhecer o que está junto com a leitura do que tentar adivinhar o que acontece.

Dessa forma, eu me pergunto, quantas vezes eu deixei que a minha mimese, que o meu interpretar da imitação da vida apresentada pelo tarot me deixou influênciar quando eu leio para outra pessoa? Quantas vezes deixamos que o nosso contexto interfira. Eu imagino que quase sempre, pois quando damos a nossa luz para os símbolos nos reportamos a nós mesmos, afinal, não somos o outro.


E que excelente exercício de estar aqui e lá, consigo e com o outro, quando vemos o desenrolar da cena dada pelo tarot frente à pergunta ou necessidade de orientação do outro.

Leitura é sempre uma coisa profunda... não pode ser leviana... Nem para o outro, nem para a gente.

Leitura é prática e é vivência. É estudo e é emoção. É a melhor prática possível para a nossa percepção.

Ler o símbolo e conhecê-lo é prestar atenção na vida.

Pietra

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Tarot e filmes: A Garota da Capa Vermelha

A garota da capa vermelha - 2011
Aristóteles fala que o drama é uma Arte de Imitação, que passa pela tragédia e pela comédia, além de toda a Poética. E um drama que saiu recentemente no cinema - março de 2011 - é A Garota da Capa Vermelha, uma revisita ao conto de fadas Chapeuzinho Vermelho.

Quando no conto que vem do séc. XVII - e talvez tenha origem mais antiga, uma vez que o contexto dela se encontra em diversas culturas como folclore (China, India, Itália, Alemanha etc.) - fala da menina que, ao buscar a casa da avó, desobedece a mãe e dá atenção ao lobo da floresta que termina por devorá-la e à avó. Com o tempo, o conto foi suavizado e os seres humanos da história se vingam do animal, matando-o ou condenando-o a vagar com pedras na barriga. 

Os contos de fada, em sua essência, não são histórias infantis. São contos moralizantes, que buscam ensinar a um grupo, uma sociedade regras morais. Isso se modifica de acordo com o tempo e o lugar, mas o arquétipo se mantém.

O Louco, Fairytale Tarot
da Lisa Hunt.
No caso do filme de 2011, o arquétipo permanece também... Menina, crescendo. Lobo e instinto... avó sábia... mãe que talvez coloca a filha em enrascada (talvez tb por uma disputa de lugares de dominância).  E o mais interessante foi que, VENDO O FILME, encontrei arquétipos, literalmente, arcanos. Quando o personagem Claude traz para a vila onde moram o tarot, em duas cartas, especificamente, ele coloca o tom da história - A Torre e O Diabo - valendo mencionar que o Claude é O Louco.

Porém, vendo o filme, percebi 2 grandes temas: A Lua e A Força. A primeira, pelo seu "mood" de algo que está acontecendo, mas é um tanto obscuro e dificil de entender, no limite, coisas que confundem... A Força, por sua vez, pela convivência com o Lobo e com o ser o animal e compreender o seu ser (não quero escrever mt sobre o Lobo do filme, que é um licântropo, para não fazer um spoiler).

Quem viu, o que achou? Repararam nos arcanos mostrados? 

E do tarot feito pela produção do filme x a avó do filme, acho que ela é muito mais Eremita do que Sacerdotisa. O que vcs acham?

E para fazer leituras com o tarot feito pela produção do filme, clique aqui!
Pietra

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Curso online de Arcanos Menores

Ancient Lombardy. Medieval Cat. Gilded Tarot.
Semana que vem, 11 de maio, o Tarot: Leitura e Escrita ofere o curso online de arcanos menores.

O objetivo do curso é explorar os arcanos menores e ir além dos pips ilustrados e conhecer e aprofundar os significados, para que seja possível ao tarólogo ler com os arcanos menores tradicionais, como no Tarot de Marselha.

O curso é de 6 semanas e, em cada uma delas, vamos explorar um naipe e suas representações em diferentes decks - dos mais tradicionais aos mais modernos. Além de explorar as cortes de cada naipe.

Os horários disponíveis são: quarta-feiras, às 11hs. Ou quintas-feiras às 20hs. Cada aula tem 1,5h e acontecem via Skype.

Investimento: R$55,00 para as 6 semanas.

Para mais informações ou para confirmar sua participação no curso, me escreva!
Até a semana!
Pietra

segunda-feira, 2 de maio de 2011

3 de espadas em 3 atos

3 de ar (espadas),
Gaian Tarot.
Decks vão e voltam em importância... em atenção... em símbolos... em significados. Existem tempos do ano, da vida, que estamos mais ou menos apaixonadas por um baralho. Ando num "namoro" delicioso com o Sun and Moon Tarot e com o Magical Forest Tarot. Porém... o Gaian Tarot tem se mostrando, há 2 meses, de uma inspiração sem fim para entendimento de questões importantes das cartas que eu leio na Lua Cheia.

Primeiro, foi a iluminação d'O Louco... agora, o 3 de espadas grita comigo. Quase que literalmente.

Tudo começou com a leitura de Lua Cheia mesmo... até aí, ok...
E aconteceu um tanto de 3 de espadas de formas diferentes. Porém, lendo um tweet de uma das tarólogas americanas que eu sigo, peguei a ideia do 3 de Ar da Joanna P. Colbert, e seu Gaian Tarot: "você está pego em um turbilhão de pensamentos, sentimentos, tanto positivos quanto negativos. O que passa em sua cabeça? Quais ideias, lembranças ou cenas passam e repassam em sua mente de novo e de novo? Use as ferramentas do escritor para liberar essas ideias no papel. Considere manter um diário como um instrumento de auto-exploração e entendimento.
Afirmação : Insights emergem enquanto eu domento meus pensamentos e sentimentos como palavras." (p. 100 - Gaian Tarot. Healing the Earth, healing ourselves, de Joanna P. Colbert - tradução minha)

E isso me pegou fundo.
3 de espadas, Alchemical Tarot de
Robert Place.
Não vou mentir... tem horas que o 3 de espadas pode ser bem assustador. Imagina quando ele está pintado na sua leitura. E para isso, eu tive muitos conselhos e boas olhadas dentro dela. Mas foi com o tweet que a ficha caiu.

Sim... como a Joanna colocou, escrever sempre me facilita a vida e me tira um tremendo de um peso. Tanto que, aqui está essa entrada de blog.

Eu percebi o 3 de espadas de 3 formas diferentes.

Uma delas, é pela raiva que podemos sentir com uma coisa que nos incomoda, mas que não podemos fazer nada. Assim, pensar nela, nos espeta... Não quebra o coração, não mata relações, mas arranha... de forma ácida e dolorida. Podemos sim colocar isso pra fora, contar a quem é de direito o que estamos sentindo, o que tira uma certo peso da coisa... mas não o cura por completo. A situação acontece. Machuca... e muitas vezes, o que fazemos? Escrevemos sobre ela... trabalhamos... mas o incômodo está lá. O lance é lidar com ele.

3 de espadas, New Mythic Tarot da
Liz Greene.
Um outro sentido do 3 de espadas é quando vemos as más ideias e alguma ideia ou notícia perturbadora. E, embora ela não aconteça diretamente conosco, ela pode ser uma lembrança do que doi ou mesmo uma coisa que nos faz pensar em como lidar com aquilo... e nossos sentimentos se afloram. Eu penso essencialmente em notícias de morte ou de traição...

Por fim, o 3 de espadas pode vir das nossas mãos. Quando nós somos a pessoa que porta a terceira espada e coloca uma fala, um pensamento, uma notícia que perfura o outro. Uma palavra mal-dada... uma fofoca... uma coisa que se diz com a intenção de machucar. Essa talvez seja a mais fácil de lidar. Talvez porque, as vezes, para lidar com o 3 de espadas que vem dos outros, precisamos alfinetar alguém... as vezes, talvez, para colocar uma pessoa em seu devido lugar. É quando falamos o inevitável e tiramos uma outra pessoa de sua zona de conforto.

O ponto é que lidar com 3 pensamentos vindos contra um coração é sempre difícil. Não queremos ser o que traz más notícias... não queremos machucar as pessoas... e o principal, não queremos ser machucados.

Então, o melhor, que eu pude ver até agora, é caminhar com um caderninho debaixo do braço e descarregar nele. Afinal de contas, nem todo mundo precisa lidar com as nossas crises.

Escrevendo!
Pietra

Leitura: 8 cartas de Margarida Bon de Sousa

A leitura completa - com 3 cartas de aconselhamento
para cada uma das posições.
Vira e mexe encontramos coisas legais na web. A leitura abaixo, aprendi no Facebook... e achei que seria legal compartilhar. Eu achei que seria uma olhada interessante em uma situação, além de profunda, sem ter de fazer uma tradicional cruz-celta.


Vamos ver:


de 1 a 8
Wonderland Tarot





No Facebook houve a boa ideia de montar um grupo chamado Tarologistas e nele temos feitos trocas muito interessantes. Então aprendi uma leitura com a Margarida Bon de Sousa... achei interessante!
Aliás, para ter contato com a Margarida, acesse o Facebook


A conversa era sobre trocas de leituras, quando a Margarida postou:
Viajo nos arcanos maiores do tarot chines. Vejo tudo lá, parece que falam comigo. Nem sei como explicar, é a combinaçao deles todos. Uso uma tiragem de oito. Vou passar o link para verem. é um dos baralhos mais bonitos que conheço.

    • Pietra Di Chiaro Luna Que legal, Margarida. COnta mais dessa leitura pra gente!
      Sunday at 10:27am · 

    • Margarida Bon de Sousa Pietra eu coloco uma carta para a energia do persente, outra para a do passado recente, outra para a causa, outra para o resultado, outra para a justificação do resultado, outra para o obstáculo, outra para os acontecimentos inesperados e outra ainda para tendência do futuro. Só que já não vejo as coisas isoladamente.Olho como se fosse uma história. E ainda posso continuar a tirar mais cartas, até às 22.
      Margarida Bon de Sousa 

      pode por no seu blogue à vontade. Sem problema. Eu tiro como se fosse o peladan 1 o presente 2 o obstaculo, 3 a causa 4 o resultado, 5 entre o pesente e a causa, o passado recente, 6 os aconteciemntos inesperados, que fica ao lado do resultado, e 7 ao lado do 6 que são as tendências do futuro. Eu ainda olho as cartas de corte (corto em tres) e depois a partir daí, eu posso fazer mais perguntas e tiro tres cartas para cada uma, até acabar os arcanos maiores. Não sei se consegui me explicar bem. bjs