Boas vindas a quem chega!

Este é um blog destinado a falar de tarot. Para escrever sobre tarot e suas infinitas possibilidades. Para ler tarot, presencialmente ou online.

Para agendar a sua leitura, entre em contato: pietratarot@icloud.com

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Confraria Brasileira de Tarot - 2015

Mesmo durante um ano atribulado, ela está aqui!

Texto de Edu Scarfon:

A confraria é um encontro para tarólogos, aspirantes e simpatizantes do tema. Acontece anualmente e nela, temos uma oportunidade para aprender mais sobre tarot, trocando experiências com outras pessoas que também compartilham desse caminho. Durante o final de semana, acontecem várias atividades, tais como: palestras, workshops, leituras e oficinas.

Na edição de 2015, o tema será “Magia com as Lâminas do Tarot”. Durante a nossa caminhada, temos acesso ao vasto e rico mundo dos arquétipos. Além deles, em cada carta repousam símbolos e significados que constituem uma egrégora. Podemos utilizar das energias dessas cartas e do que elas representam para que obtenhamos força para superar uma situação ou para emanar uma energia de movimento para aquilo que se conserva estagnado. Muitos usam da magia ao reconstruir o resultado de suas tiragens, do modo que gostariam que as cartas tivessem se apresentado.

O fato é que todo mundo que está neste caminho em algum momento, já fez magia com o tarô. Uns de forma mais simples, outros de modo complexo. Mas que estes dois caminhos (magia e tarot), de algum modo se encontram, isso é fato. Já que ambos são eficazes num processo alquímico e de desenvolvimento pessoal. 


Venha participar de mais uma edição da Confraria Brasileira de Tarot, meditar sobre este tema, rever amigos e aprofundar-se neste estudo a cada dia mais apreciado pelas pessoas. 

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Colaboração: 6 dicas do que fazer em caso de uma revelação desagradável no Tarot

Olha que bacana! A Bia Gonzales, do blog Decorafino, escreveu um texto para o Tarot: Leitura e Escrita. Espero que gostem!

Pietra

Muita gente evita o Tarot porque medo de receber más notícias. Esse sentimento é comum em algumas pessoas.  Mas significa, na verdade, que a pessoa tem medo de ficar presa em um destino imutável. O Tarot é exatamente para o evitar isso.
Ao nos conectar com nossa intuição, nosso Eu-Maior, o Tarot é capaz de nos ajudar a melhorar nossa
vida. Tive uma experiência incrível com Tarot do Amor que me fez enxergar as cartas de outra maneira. As revelações que enxergamos como desagradáveis muitas vezes podem ser as melhores para transformar nossa vida. 
Se você encarar como um alerta de mudança, vai aprender muito sobre si mesmo e pode até evitar uma situação realmente ruim. Aprendi essas dicas que vão te ajudar a lidar com qualquer situação inesperada que as cartas posam mostrar:

  1. Veja a posição da Carta
A posição da carta pode indicar o passado, o presente e o futuro. Muitas vezes se uma carta que revela um problema ou uma situação difícil aparecer na posição do passado, pode significar que você já superou isso. No presente ela geralmente evidencia algo que você conhece. Enquanto no Futuro é melhor ainda, pois te da uma ideia do que pode acontecer se você mantiver as atitudes que vem levando – ou seja, te dá um aviso para mudar o rumo do seu destino.

  1. Use seu livre arbítrio
Você é responsável pelo seu destino e as cartas são indicadores do que pode acontecer. Encare-as como alertas de mudança e não como destinos imutáveis. Lembre-se que o Tarot revela uma situação potencial que pode acontecer se você continuar com as atitudes que vem mantendo – e claro, pode mudar o destino se alterar esses comportamentos.

  1. Não fique ansioso
Existe uma linha de consciência que sugere que pensamentos tornam-se coisas e se você gasta seu dia todo preocupado sobre o que pode acontecer – então isso realmente acontece. O poder do seu pensamento é muito grande. Focar-se em problemas acaba os atraindo. Então se você tiver uma revelação desagradável em uma leitura, não fique ansioso por isso. O que nos leva a nossa próxima dica...

  1. Foque na mensagem positiva
Certamente o tarólogo vai te dizer isso e mostrar que apesar da carta não tão boa, existem outras positivas mostrando coisas agradáveis ao seu redor. Foque nessas coisas boas e a luz vai crescer e superar as trevas. Lembre-se: o que você foca, cresce. Então mantenha em mente aqueles pontos brilhantes que aparecerem durante a leitura. 

  1. Esteja aberto em sua leitura
A melhor maneira de aproveitar sua leitura de Tarot é estar tão aberto quanto possível para todos os cenários. Não se consulte para confirmar o que você quer que aconteça, mas faça para confirmar o que está acontecendo, o porquê e o que vai acontecer como resultado disso. Deixe o processo fluir e afaste os medos e expectativas do seu ego. As cartas sempre trazem respostas mas não quer dizer que vão trazer as respostas que nossa mente humana quer.

  1. Converse com o tarólogo
Sabe aquele papo de “não vou dizer nada para esse tarólogo para ver se ele é realmente bom”? Não passa de um terrível engano. Se você quer uma leitura honesta, real e com um verdadeiro diálogo entre você e as cartas, deixe esse tipo de comportamento de lado. As cartas acabam revelando quando alguém coloca barreiras na leitura e o único prejudicado é você.


Bia Gonzalez: arquiteta, carioca, apaixonada por internet e blogueira do www.decorafino.com.br

sábado, 14 de março de 2015

Fórum Nacional de Tarô - 21/03/15

Logo mais, acontece o 4o. Fórum Nacional de Tarô, organizado pelo escritor Nei Naiff.

O evento será dia 21/03/15 - sábado e as inscrições terminaram, felizmente, lotando todas as vagas. =)

Mas, não tem motivo para tristeza... as mesas serão transmitidas pela internet e poderão haver interações online.

Vou participar da terceira mesa: O tarô na internet e na televisão.

Já estou esquentando meus motores para conversar sobre isso...
E claramente irei comentar o que eu ver e conversar por lá =) E como é gostoso, porque desses encontros sempre saímos cheios de boas ideias!

Quer saber mais? Das outras mesas?

Acesse: http://www.neinaiff.com/forum/index.htm



quinta-feira, 12 de março de 2015

Viver de virtudes... começar loucuras...

Depois de um impedimento básico para postar aqui, via blogger que não carregava de jeito nenhum, chega a nova lunação e seu novo arcano... e até uma nova perspectiva, que na verdade está me deixando bem pensativa.

Mais uma lua cheia e mais uma Justiça desponta. Mais uma... outra virtude... de novo... e eu consigo pensar em duas coisas: ou realmente eu tenho uma necessidade brutal da vida de aprender a ser virtuosa - o que, de fato, quem realmente o é? OU será que não está na hora começar um movimento novo? E quando soltei essa pergunta para o tarot, eis que me vem O Louco... Hora de dar um salto.

Não que eu ache que seja desnecessário conhecer e viver as virtudes. Muito pelo contrário. Se houvessem mais pessoas fazendo uma busca deste tipo, talvez nosso mundo fosse melhor. No entanto, estou pensando em quanto não faz falta aprender ou estar com a energia da Imperatriz ou do Sol, do Mundo, dos Enamorados... enfim... e, claro fique que não estou desejando uma Morte ou coisa parecida.

Enfim... De alguma forma, a questão das virtudes é importante porque elas ajudam a equilibrar a vida cotidiana. Ter seus princípios firmes e conhecidos abre a percepção e, quiçá, ajuda na hora de tomar algumas decisões ou de manter uma postura. Aliás, talvez aí a grande coisa seja exatamente essa: as virtudes nos permitem manter uma postura minimamente ética e decente na vida do dia a dia. Não dá para deixar de lado.

No entanto, tem um Louco na praça. E eu sei que ele está lá tanto cheirando as flores quanto pensando o que tem do outro lado do coreto.

Quem sabe essa não vai ser uma dessas luas de deixar a cabeça fervilhar? Inspirar-se para começar de novo, novamente?

Penso que talvez o melhor de tudo seja poder encarar isso tudo de olhos limpos... sem obrigações, no sentido de: ok, e se eu tivesse que começar tudo de novo???

Pietra, enlouquecendo (os outros) por aí

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Curso EAD: Virtudes Neoplatônicas nas cartas do Tarot

O tarot sempre alcança quem o busca. Agora, além de tudo, conseguimos fazer aulas à distância =)

O Tarot Zone está oferecendo, no dia 28/02, o workshop sobre As Virtudes Neoplatônicas nas Cartas do Tarot.

Ano passado, o curso foi presencial e foi um sucesso! Agora, os interessados do Brasil todo podem juntar-se e estudar o tema, baseado no baralho "The Seven Fold Mystery" e no livro "Tarot: history, symbolism and divination", ambos de Robert Place.

Faça sua matrícula em: http://tarotzone.eadbox.com/cursos/as-virtudes-neoplatonicas-nas-cartas-do-tarot

Até lá!
Pietra

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

O Diabo de Rosemary

Como arcano da lunação, impossível não pensar nele e ver onde ele aparece... E tenho buscado muitas formas de percebi-lo, porque, de tudo, o diabo em si, não deixa de ser uma figura mitológica para mim. Talvez algo que não fez parte da minha criação. Eu não tinha, não tenho medo dele. Compreendo a sua natureza, como arquétipo e não como entidade.

Vendo ao filme "Bebê de Rosemary" - sim, eu sei, 59 anos atrasada - fiquei impressionada como tudo rola em torno desse arquétipo. Aliás, imagino que para quem seja cristão e talvez mesmo ache que vá haver um anti-cristo físico, deve ter sido bem perturbador. Mas, pensando na coisa toda como uma alegoria, algumas coisas me chamaram muito a atenção:

A tentação: a vontade de fazer as coisas acontecerem no plano físico, de se aproveitar dele é o que a tentação é. E se a possibilidade de fazer isso acontecer em detrimento de todo um resto? A tentação é a filha do desejo. Quantas vezes o desejo e a vontade se cruzam, se amam e se afastam... A vontade conhece o reto? O desejo conhece o torto e o mal escrito?

O sentimento de encarceramento: Rosemary, na história, se engendrou em uma situação na qual não parecia ter saída. E desistiu. Penso que é como estar afogando-se e tomar pequenas lufadas de ar, afundar novamente. Nisso tudo, eu penso na frustração de ver movimentos tolidos. E quando é o ponto de simplesmente, ir com a maré?

O sofrimento: Dor. E o quanto do conflito interno acaba se jogando dentro do corpo e fazendo com que ele sofra? Tantas confusões, tantas possibilidades que deixam a cabeça perdida... E como dizia minha avó, quando a cabeça não pensa, o corpo padece...

As decisões difíceis: seguir crenças? Abrir mão delas para o novo? Deixar-se ser a mãe daquilo que uma maioria teme ou despreza? O dilema... essa é a escolha do Diabo.

Eu penso que talvez todas essas coisas estejam amarradas em si mesmas e que refletem mesmo o que é andar no escuro de dentro de cada um de nós. E que muitas vezes partimos de um sentimento de achar que estamos em algum controle - sentimento até que pode ser alimentado pelo tal do livre-arbítrio. Que não é uma coisa de todo mal, se for levado de uma forma sutil, ou seja, eu sou responsável pelas minhas escolhas, não as alheias. Quem sabe isso tudo não seja misturado com o fato de que seres humanos vivem em comunidade. E pensamos individualmente. Não acho que existe uma forma de controlar os outros... Claro que alguns podem se deixar levar, ou até, estar inserido em um contexto tão grande que formas de controle se exerçam. O lance, penso eu, é que a cabeça é livre. O pensamento pode ir para onde quiser e, por vezes, nem sobre as nossas indagações temos muito controle.

Ando bastante inquisitiva ultimamente. E talvez não exista uma forma humana ou organizada de, de fato, compreender o mundo no qual estamos inseridos como um todo. São muitos pensamentos soltos, não no sentido de estarem perdidos, mas de estarem acontecendo e muitas formas de percepção do que acontece.

Fico pensando o quanto é importante estabelecermos um mundo no qual estamos, uma consciência física para dar o mínimo de significado para a realidade que se apresenta. Não temos como controlar o mundo. O corpo pode estar preso na matéria, mas o pensamento, tão leve e tão presente, esse anda para onde quiser. A mente se prende? Se encarcera? Sem dúvida... o que podemos fazer para que se liberte?

Ouvi num treinamento de professores que as melhores perguntas são aquelas que não tem respostas. Tenho feito algumas. Será que o Diabo não mora nessa confusão de pontos de interrogação? Ou eles estão aí para fazer com que olhemos para além dos grilhões que nos seguram?

Estão vendo? Quantos pontos de interrogação têm este texto? Que tal mais um?
Pietra

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Apenas um livro...

Eu estava pensando um pouco na coisa do tarot e do ofício de lidar com ele... como uma profissão, como ofício e no que ele mexe conosco e quais são suas competências e habilidades, como se deve ter em qualquer trabalho que se faz.

Uma das principais competências é saber interpretar o que aqueles símbolos, palavras, arquétipos querem dizer. Eu até comentei com uma consulente esses dias: "eu faço muitas perguntas". O que pode parecer estranho, afinal quem geralmente vem cheio de perguntas é o próprio consulente. Pois bem. Penso eu que é muito importante que possamos colocar bem as nossas palavras e que quão mais genérica é a situação que nos é posta, mais genérica tende a ser a nossa interpretação das coisas. Uma coisa é vc saber que "uma pessoa está planejando fazer uma coisa e quero saber se vai dar certo"; outra, diferente - e mais rica - é saber que "seu irmão está planejando viajar para as ilhas Fiji e se a viagem vai dar certo".

Acredito que tem a ver com os contornos que se desenham sob uma situação. É muito mais fácil interpretar uma série de cartas frente ao que é posto. CLARO que o consulente pode se reservar ao direito de sentar à nossa frente e esperar que falemos o que está nas cartas. Tem até um gosto de desafio. Agora, não é muito melhor quando trabalhamos em time com uma pessoa? O trabalho do tarólogo, do tarotista é assim. Não é fácil para o médico ajudar quem não sabe descrever seus sintomas. Não é fácil ajudar uma pessoa que não conta qual é o problema.

Para que a competência de interpretar aconteça, além de conhecer os símbolos e seus significados, há essa empatia que se forma com o consulente. E talvez aí uma coisa seja mister: a confiança. Fico imaginando o que é sentar na frente de um desconhecido que tem na sua mão "o bem e o mal" de acordo com que muitos acham sobre quem trabalha com oráculo, e abrir o coração. Nessas horas eu penso que somos muito mais que do oráculos. Somos quase como terapeutas e a empatia, o envolvimento que é preciso para desenrolar uma porção de nós se faz necessária.

Tem a prática. Tem o jeitinho de falar. Claro que por vezes, dar umas "bordoadas" vale a pena, mas nem sempre o consulente está pronto para isso. Nem sempre sabemos se ele está ouvindo o que estamos dizendo. Mas, como diz um excelente tarólogo de BH, eu trabalho para interpretar e não para acertar. Imagina o bônus quando a gente acerta.

Por fim, do relacionamento que temos com as cartas e com as pessoas envolvidas, muito do que eu acredito que aconteça também é o interesse em efetivamente resolver um problema ou ter esclarecimentos... Quantas de nossas leituras não acabam terminando em grandes confirmações do que o consulente já vem pensando. Nessas horas somos o instrumento. A ponte. O leitor do livro de páginas soltas que apenas organiza os pensamentos, as sentenças, os capítulos.

Geralmente, quem busca o tarot já sabe todas as respostas. Mas as precisa canalizadas pela boca do outro... catarse de cartas.

Pietra