Boas vindas a quem chega!

Este é um blog destinado a falar de tarot. Para escrever sobre tarot e suas infinitas possibilidades. Para ler tarot, presencialmente ou online.

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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Autenticidade

Shadowscapes Tarot
"Autenticidade provém da consciência da nossa finitude, e a consciência da Morte leva a considerar grandes questões a propósito da existência (...)" Marilena Chauí, a cerca da filosofia de Heidegger.

Por conta da Morte que apreciamos a relidade do nosso ser-aí. O ser se revela em si mesmo por ações autênticas, pela aparência da verdadeira essência.

Autenticidade, de Heidegger, me faz pensar um tanto no Julgamento... e no ser-aí.

Pietra

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Tiragem do dia...

É muito conhecido o exercício de tirar uma carta por dia... com suas diversas variações.

Algumas abordagens possíveis são:
- Como será meu dia hoje?
- O que preciso aprender no dia de hoje?
Tirar a carta no fim do dia: O que eu tinha de observar?
- Como fui (arcano) hoje?

Venho usando bastante frequentemente é: qual postura devo ter no dia de hoje?

E, que tal o dia de hoje?

O que vem acontecendo comigo é que, muitas vezes, parece que a carta que eu tiro hoje, se manifesta no dia seguinte. O que pode mostrar mesmo o quanto o tarot é uma ciência humana e não exata, que não se comporta em datas ou quantidade de horas. É o movimento de cada qual... e o acomodar de uma ideia, um pensamento, uma tendência...

Sem dúvidas, por vezes, vemos nossos arcanos diários acontecendo. E nos ensinando coisas valiosas. Mas, como movimento humano ou mesmo compreensão, uma carta não necessariamente cabe dentro de um dia. De 24hs.

Aprender com o tarot diário é ter um espelho para cada um de nós tempo todo. Onde você se reflete nesse ou naquele arcano? Como você percebe esse mesmo arcano em quem te cerca? Ver o tarot funcionando no cotidiano é a mostra de que as páginas soltas do baralho, do oráculo nos ajuda a construir nossas vidas. De todos nós. Tarot é gente. É vida. Para cada um de nós... igualmente =)

Pietra

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Espadas: isso é coisa da sua cabeça

Sem dúvida que, quando vira-se uma carta de espadas numa jogada, numa leitura, ou o tarólogo ou o consulente torcem o nariz. O tarólogo por realmente compreender o que aquilo pode significar. O consulente porque enxerga aquela imagem e pode pensar num tanto de coisas.

E, penso, que é exatamente aí que está o pulo do gato desse naipe: pensar sobre as coisas.


As espadas revelam o mundo mental, racional e aquilo que fica dentro da nossa cabeça. A cabeça, por sua vez, em cima de todo o resto do corpo, tem um controle - evidentemente - enorme sobre todo o resto. Com espadas, ela pesa. E por mais imateriais que pensamentos sejam, eles acabam por tirar visão, equilíbrio e até ação.

Os pensamentos, a imaginação e mesmo a comunicação que, quando bate na cabeça pode ter milhares de interpretações - ah, subjetividade! - acabam por encharcar o cérebro de muitas outras imagens. E assim, os pensamentos podem sair da racionalidade e, até da realidade.

Quando aflito por espadas, não se esqueça: está na sua cabeça e não necessariamente no mundo. Pode tirar o sono. Pode estremecer o coração. Pode prender em um looping histérico de pensamentos. Pode pedir um trégua. Dentro de si.

Assim, quando uma carta de espadas aparece, acredito que o principal seja fazer o possível para compreender qual é o impulso que precisa ser tomado - uma arma, um ataque? E ser calmo e RACIONAL: o que está realmente dentro de mim? Por que me deixou passar mal com esse 3? Por que estou me aprisionando nesse 8? Do que estou acordando com esse 9?

10? Esquece! Se solta, porque agora, como diz meu pai, morreu o Neves =)

Pietra, que esteve entre mts espadas em janeiro

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Eremita

Tudo começa com um retiro... Com o que acontece e convida a refletir, solitariamente.

Depois, vem o tempo. E creio que aqui fica um dos elementos chave do Eremita. Pois é com o tempo que a vida se clarifica. Que pode-se entender o que é que está acontecendo, e de onde vem as tais linhas tortas. Para onde elas vão.

A lamparina do Eremita é um chama e não um farol. É uma pequena alma de fogo.

Antigamente, era uma ampulheta. E nela, reside a passagem lenta da areia de um gradiente a outro do instrumento. Ela cai, inexoravelmente. E ainda, lentamente. Quando se coloca entre as areias, quase se afoga, é verdade. Mas ela passa. E se mistura.

Penso na paciência de observar. Tempo. Paciência... é tão diferente dos movimentos que vieram até agora. Observar a chama. Até onde ela ilumina?

Um dia após o outro. Uma noite após a outra. É nas lições do dia que a sabedoria do Eremita se constrói. Por entre todos os dias e todas as noites de sua vida. Ou dos momentos nos quais o Eremita se apresenta.

O Eremita em um mês ou em uma leitura ou como um conselho é um arcano de silêncio. Não significa que se tenha de enfiar em uma caverna ou se isolar fisicamente das pessoas, mas é uma chamada e um aviso que apenas o indivíduo pode resolver o que está consigo. E que são suas experiências e o que se constrói que lhe será guia. É uma viagem interna, de não contar com quem está ao lado.

9. É o fim dos numerais de um algarismo. Daí pra frente, o padrão muda... É a junção de tudo que já se fez e um pulo para o que se transforma.

Pietra