Tudo começa com um retiro... Com o que acontece e convida a refletir, solitariamente.
Depois, vem o tempo. E creio que aqui fica um dos elementos chave do Eremita. Pois é com o tempo que a vida se clarifica. Que pode-se entender o que é que está acontecendo, e de onde vem as tais linhas tortas. Para onde elas vão.
A lamparina do Eremita é um chama e não um farol. É uma pequena alma de fogo.
Antigamente, era uma ampulheta. E nela, reside a passagem lenta da areia de um gradiente a outro do instrumento. Ela cai, inexoravelmente. E ainda, lentamente. Quando se coloca entre as areias, quase se afoga, é verdade. Mas ela passa. E se mistura.
Penso na paciência de observar. Tempo. Paciência... é tão diferente dos movimentos que vieram até agora. Observar a chama. Até onde ela ilumina?
Um dia após o outro. Uma noite após a outra. É nas lições do dia que a sabedoria do Eremita se constrói. Por entre todos os dias e todas as noites de sua vida. Ou dos momentos nos quais o Eremita se apresenta.
O Eremita em um mês ou em uma leitura ou como um conselho é um arcano de silêncio. Não significa que se tenha de enfiar em uma caverna ou se isolar fisicamente das pessoas, mas é uma chamada e um aviso que apenas o indivíduo pode resolver o que está consigo. E que são suas experiências e o que se constrói que lhe será guia. É uma viagem interna, de não contar com quem está ao lado.
9. É o fim dos numerais de um algarismo. Daí pra frente, o padrão muda... É a junção de tudo que já se fez e um pulo para o que se transforma.
Pietra
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