O diabo do medo

Um tema bastante recorrente que venho encontrando ultimamente é o tal medo que as pessoas dizem ter de encarar o tarot ou uma leitura. De achar que o que vai ser lido lhes trará más notícias e que isso pode afetar sua forma de ver o mundo e lidar com as coisas. Quiçá fosse um medo saudável e motivador, como subir numa montanha-russa. Mas não, pode-se tornar daqueles medos apavorantes que paralisam os que lá estão.

Sem dúvida, o medo é importante, pois ele nos mantém vivos e "espertos" para o que está à nossa volta. Instinto de sobrevivência que deveria alimentar a cautela. Porém, me parece que o medo de lidar com uma leitura é que talvez, vivendo uma situação confortável, a leitura aponte mudanças. Ou ainda, alguns fantasmas não querem simplesmente abandonar seu sótão. Existe, claro está, o medo da dor, da doença, da perda, do luto. Todos legítimos.

Mudanças dão medo. Porque elas apontam para aquilo que não vivemos ainda. Porém, acredito sinceramente que mudanças podem indicar um caminho melhor; e se não melhorou é porque o processo não chegou ao fim.

Uma das perguntas que eu sempre me faço ou faço a quem me diz que tem medo do tarot é: você tem medo de ler um livro? E geralmente, me deparo com: não... os livros não são reais. Bom, sem dúvidas, temos muitas histórias de ficção que podem levar ao estado de medo ou de apreensão. O que elas fazem é nos levar a uma catarse desse sentimento e quem sabe, aprendermos algo para lidar melhor com eles.

Uma outra coisa que eu aprendi, com ou sem tarot, é que notícia ruim vem a cavalo. Chega rapidamente. E daí, é lidar com ela. Duro é lidar quando vc está envolvido no olho do furacão. Mas o medo evita de morder mais do que se pode mastigar. E acaba ajudando naquilo que precisa ser feito, pois em condições ideais de temperatura e pressão, os passos são dados mais cuidadosamente para que uma situação se resolva.

O lance do medo é o mesmo do arcano 15, O Diabo. Ele prende. Ele paraliza de uma forma a fazer qualquer ação, para o lado que for, tornar-se impossível. Impensável. O risco sério que se corre aqui é permanecer no estado de pânico e viciar-se nele.

O Diabo mostra o lado sombrio das pessoas. Naquilo que não se mostra, mas que vive juntamente

The Deviant Moon Tarot

conosco. Assim, muitas vezes esse medo apenas espelha-se naquilo que já sabemos e não queremos verbalizado. Ou nas reações que podemos ter frente a certas situações que talvez não fossem as mais socialmente aceitas.

O Diabo, no entanto, tem um lado materializador muito firme e está muito próximo ao nosso mundo físico. Isso tem a ver com os limites que a carne impõe, que a física nos coloca. O Diabo é terra, é chão, é limite, é tudo que vem a existir fisicamente.

Portanto, assim que o diabo do medo aflora é importante vivê-lo e reconhecer do que ele está nos protegendo, e, ao mesmo tempo, não se deixar paralisar e buscar assim que o primeiro respiro vier, uma forma melhor de contornar a realidade que se apresenta.

Quero crer, sinceramente, que não existe uma motivação ou intensão efetivamente má ou diabólica no que nos cerca, embora muitas atitudes vistas são cruéis e feitas pela pura fonte de prazer de sobrepujar o outro. Só reflita: é isso mesmo que se deseja? Se sim, vá em frente. Afinal, exacerbar do pequeno poder que o Diabo dá, segue-se com a Torre. Como tudo na vida, sua escolha!

Pietra

E que tal o ano que vem? Dicas rápidas de tarot

Uma atividade que eu gosto mt de fazer na passagem de ano, para ter uma ideia sobre o que o ano seguinte traz em termos de lições, aprendizados e dicas. No geral, pode-se olhar pelo ano em si, que 2015 é a Justiça. Mas, podemos fazer alguns exercícios mais individuais.

Uma dica que eu encontrei e achei interessante é com um olhar por decks diferentes. Então vamos fazer uma brincadeira, q vc pode reproduzir com seu grupo ou consigo.

6 decks diferentes. Um para cada mês do primeiro semestre - aliás, fica o convite para fazer para o segundo =)
Escolha um deck pela suas costas. Aqui, eu já tirei uma carta de cada um. O deck escolhido terá a sua dica para o primeiro semestre de 2015. Vamos lá?

Escolha uma carta pelas costas... Não desça a página até ter escolhido!!!

Decks:
1 - Un tarot para Macondo, de Andrés Marquinez Casas
2 - Legacy of the Divine Tarot, de Ciro Marchetti
3 - Barbara Walker Tarot, de Barbara Walker
4 - The Wonderland Tarot, de Christopher Abbey e Morgana Abbey
5 - The Tea Tarot, de Marcia McCord
6 - Mini Tarot, da Run Press

Já escolhido o seu deck, conheça sua carta de conselho...

Uma dica também, pode ser escolher uma para cada mês: janeiro uma, depois outra e vá ordenando em suas anotações.

Conselhos das cartas para 2015:
1. Nove de ouros: um semestre de bem estar pessoal e de realizações financeiras ou materiais. Um tempo bom para trabalhar naquilo que agrada. Aproveitar um hobbie, mudar de trabalho com bons rendimentos. Estar satisfeito e quiçá, trazer satisfação aos outros.

2. Os Enamorados: tempo de definição. O que seu coração realmente deseja? Os caminhos parecem confusos ou ambíguos? Os Enamorados chamam ao desejo, a partir para o caminho da virtude e do contentamento. O coração sempre sabe o que é certo a fazer, mesmo que ao alheio pareça bobagem.

3. Dez de ouros, proteção: Tempo de cuidar do que foi conquistado e partilhar com quem se ama. Finalização de um ciclo e dar o devido valor ao que se tem. Calma e tranquilidade.

4. Dois de paus: momento da criatividade. De observar o que está em volta e aproveitar a realidade para realizar o que nunca foi feito. Ser acertivo e tomar ações. Colocar planos em andamento.

5. O Hierofante: tempo de fé e de agir sobre o que se acredita. Ouvir conselhos dos mais velhos e mais sábios. Ensinar e aprender. Confiar nas instituições e no poder superior do Universo.

6. Rainha de paus: tempo de aproveitar de sua autoconfiança. No limite, começar a (re)construi-la. Tomar posse de suas ideias e fazer com que apareçam e você, brilhe. Aproveitar o momento para encontros sociais e se deixar ser ouvido.

Sem dúvidas, essas interpretações podem ser aprofundadas. Mas valem como uma chaminha a iluminar o caminho dos próximos meses de 2015. Uma forma de começar a guiar as "promessas" de ano novo e uma chance de observar o tarot se desenrolando na vida real. Todos os dias.

Pietra, que adora pequenos rituais de passagem

Leitura de tarot em festas (2)

Mais uma tremenda experiência.

Em 2012, eu tive a minha primeira chance de fazer isso. Ler tarot em uma festa (de firma). É curioso, porque não é como ler numa feira esotérica, por exemplo... tanto pelo valor ($) quanto pela forma com que a coisa é posta.

Essas festas de firma têm, quero crer, uma ideia de confraternizar e quiçá motivar os funcionários para o ano que segue. Assim, vem sempre uma recomendação: Não diga nada de ruim para quem vier se consultar, diga sempre coisas boas, que inspirem, etc e tal. O que eu acho compreensível para o contexto - acho que ninguém quer sair de uma festa sabendo que o cachorro vai morrer.

No entanto, muita gente se incomoda com isso... e se na minha leitura aparecer uma Torre ou um 9 de espadas? Como posso falar disso quando a demanda é uma leitura "feliz"?

Bem, tenho umas ponderações sobre isso...

Primeiro de tudo, penso um pouco no "mood", no clima que vamos entrar na leitura. Se você vai para um local já sabendo que as leituras são um tanto mais "recreativas" do que uma verdadeira consulta, imagino que a coisa aconteça com um pouco mais de leveza. Entra aí também a escolha de palavras e de forma de interpretar.

Muita gente pensa que isso pode ser um desrespeito ao oráculo e que isso não pode ser levado de forma séria, que não existe uma verdadeira relação entre o oráculo e o consulente. Pode ser uma perspectiva, mas vale penso que é como fazer algo, planejado, sem dúvida, mas com um intuito mais lúdico que pedagógico.

Ok. E se aparecerem aquelas cartas enroladas e espinhentas? Bem... por uma coisa, as cartas mais "chatinhas" que vieram foram o 9 e 10 de espadas, diversos 5 de copas, alguns 4 de copas e uma vez, o 3 de espadas. Minhas interpretações sobre eles, foram sempre alertas. "Olha, seu ano XYZ, porém, preste atenção para que vc não assuma mais do que pode, porque pode encher a sua cabeça blá blá blá".

Outras considerações interessantes:
- talvez por ser uma festa de firma, muita gente queria leituras sobre trabalho.
- uma pessoa veio com muito medo ver as cartas... todo o medo dela saiu em 3 cartas: 10 de espadas, 5 de copas e 10 de paus. Disse a ela que não fizesse isso, que não se aproximasse do oráculo com tanto receio, que ele estava mostrando exatamente o que ela tinha medo de ouvir. Honestamente, eu não sei se o que estava ali era uma previsão, mas meu sentimento sincero que era um reflexo dos medos de saber ou do que poderia ouvir.
- Muita gente se aproxima da mesa por curiosidade... e toma a leituras como um conselho... já as leituras de búzios, feitas logo ao lado, recebiam mais atenção e mais detalhes ou confidências para suas leituras.

Por fim, quem tiver chance, recomendo. É um trabalho muito rico e interessante que nos faz lidar com todo tipo de gente. Das que levam a leitura com o maior respeito, das que são "experientes" e fizeram várias leituras, das que querem muitas leituras ao mesmo tempo, das que sentam na sua frente e riem nervosamente sem saber o que esperar.

Ainda assim, recomendo. Como experiência... e pelo jogo de cintura que se ganha...
Pietra, fazendo seu último freela de 2014

4o. Fórum Nacional de Tarô - março de 2015

Neste último final de semana, Nei Naiff lançou o tema do fórum de 2015, que acontecerá em São Paulo: Tarô e o Mundo Digital

Conversamos um pouco sobre isso durante a Mystic Fair e ficamos pensando como veículos como esse blog, por exemplo, contribui para o aprendizado do tarot ou como pode divulgar o trabalho de alguém ou ainda, esclarecer aos curiosos o que o tarot é e como pode ser tratado.

Embora possa parecer que esteja longe, mas como vimos 2014 passar voando, fica o convite: vá ao site do Fórum e se inscreva. Penso que as mesas serão muito interessantes para compreender e discutir o movimento do tarot no mundo virtual.

Pietra, que estará lá!

http://www.neinaiff.com/forum/

Leituras de fim de ano

Talvez o final do ano seja o momento no qual os tarólogos mais trabalham. Muitas pessoas querem saber e entender o que as aguarda nesse novo momento que aponta.

A busca por leituras geralmente segue um padrão. São quando as pessoas não conseguem pensar em questões que lhes afligem - e isso acontece o ano todo. Agora, talvez, seja um pouco diferente.

Fico pensando se não tem um pouco há ver com o clima "saturniano"  do Natal: vc se comportou? Ou ainda, "vou ganhar presente esse ano?". Talvez, talvez...

Mas, para fazer uma leitura como essa, de ano novo, eu gosto de pensar bastante na leitura de mandala, pois ela proporciona olhar inclusive como será o ano, mês a mês.

Então, se vc for buscar uma leitura nesse momento, com esse intuito, recomendo:
- anote o que o profissional lhe disser. É sempre importante revisitar as notas para pensar bem, afinal trata-se de uma leitura longa.
- pode ser que nem tudo na leitura seja agradável. Se vc confia no profissional que escolheu, saiba que o está sendo dito não é pessoal, mas sim, um caminho que se desenvolve - ninguém está pegando no seu pé.
- não deixe de colocar suas dúvidas e interaja com o tarólogo. A leitura flui melhor quando é dialogada.
- fazer uma pergunta sobre uma terceira pessoa não lhe dá poder sobre ela, por saber algo que talvez ela não esteja contando. Lembre-se sempre que existe o livre-arbítrio e o que podemos pensar saber, pode mudar rapidamente.

Muitas vezes, quando buscamos a leitura, já sabemos de muitas das respostas, principalmente se estamos cientes de quem somos. Assim, vale ir à leitura com calma e mente aberta... algumas vezes, o que achamos que é urgente, é importante e outras questões podem revelar-se mais urgentes.

Boas leituras!
Pietra

2014 e O Carro

Cadê o ano que estava aqui?
"Parou de escrever no blog por quê? Desistiu?"
Não! Acontece que aconteceu tanta coisa que mal deu pra ver... quase como se estivéssemos, de fato, olhando o ano pelo retrovisor.

2014, pela sua soma, foi o ano dO Carro. Trata-se de uma carta rápida, cheia de energia, com um toque heróico, mas que não deixa muito espaço para olhar em volta. Vitórias, sem dúvida, porém custosas do que está ao redor.

Muitas vezes parece que o herói não dispõe de muito tempo para si. Está o tempo todo observando o outro, verificando o que precisa ser feito para um bem comum. Onde está o Coringa? O que planeja Magneto? Oh, não, Godzilla está arrasando Tóquio... de novo. Enquanto isso, na Sala de Justiça, estão os momentos mais prosaicos do ano. Evidentemente, que é possível priorizar, mas vai lá pensar nisso no meio do olho do furacão...

Enfim... foi um ano de muitas conquistas. Acredito que de uma forma geral. No meu caso, pelo menos. Alguns reconhecimentos e muitas batalhas, muitos movimentos. Por vezes, quando estamos nO Carro, estamos dirigindo tão atentos ao trânsito, ao caminho, quiçá ao GPS, que mal vemos a paisagem. Por vezes, mal e mal ouvimos o rádio.

Fato é que eu percebi o correr do ano, o fogo que ele teve... toda sua movimentação e o cansaço que isso gera. Percebi uma certa belicosidade no ar também... estar armada com uma armadura e estar numa biga correndo. Ainda bem que não havia uma parede de concreto ao final da via.

No meu caso, as férias chegaram, então agora permite-se um tempo para pensar um pouco melhor, observar em volta com um pouco mais de calma e fazer o dito balanço do ano... Eu penso que não se trata de um clichê de fim de ano, mas um movimento necessário que pode ser feito, aliás, a qualquer tempo.

Acredito que existe mesmo um sentimento coletivo que incite a essa pausa, esse "clima de final de ano" que faz com que acabemos parando e olhando em volta, fazendo essas avaliações, algumas promessas de começo de ano... que eu prometo que não vou fazer, hehehe

Assim, algum saldo de 2014 puderam ser tirados... Casa nova, emprego novo, bichos novos, organização diferente da vida e um incêndio por dia para apagar. No entanto, não penso que 2014 foi ruim... foi corrido... vencemos muitas batalhas, talvez tenhamos nos arrependido de entrar em outras, mas quem nunca, não é mesmo?

The Housewives Tarot - ainda queridinho!

Pietra, parando um pouco para admirar a paisagem!

Justiça - carta de lunação

Depois dos meus estudos, a questão da Justiça sempre me vem como a virtude do Justo. O movimento de ponderação entre os lados e a busca da verdade. Para tanto, a moderação, a observação, o "ouvir" dos lados se faz necessário.

A Justiça não é um aplicativo. Vc não pode tocá-la e imediatamente a verdade ou o caminho mais equilibrado aparece. Como todas as virtudes, como comportamentos aprendidos, além dos exemplos e dos modelos, consiste em certa prática. E nisso, a paciência. Pensar prós e contras, perceber o ambiente não acaba sendo uma coisa instantânea. Merece reflexão.

Então, para poder olhar as pedras que formam o caminho e escolher melhor as quais seguir, pensei em um exercício. A cada dia no qual a Justiça se faz suprema, escolher uma carta que ajude nessa reflexão. Se há algum objetivo em vista, algo que já está colocado como meta, pode ainda ser mais útil, pois podem desenhar passos para andar esse caminho - sob a via da Justiça.

Gostaria de me dedicar bastante ao tarot e a cuidar do que venho fazendo na minha vida pessoal sem exaltar nada; gostaria de dar partes iguais de atenção para o trabalho e para as minhas paixões. Penso que a Justiça ajuda a organizar esse caminho.

Vamos experimentar?

Lua

Um tempo de frio na barriga constante. De buscar entendimento nas coisas e não chegar à conclusão nenhuma.

A mensagem da lua fala de caminhos que não temos certeza como percorrer, porque não os enxergamos claramente. Nessas horas, acho melhor seguir com o que já se sabe que funciona. Em tempos de lua, não se mexe em time que está ganhando.

Mas será que a nossa "lunacidade" que força os pés pelos lugares ou a nossa cabeça dentro da "deep web" dos nossos pensamentos?

É, uma coisa é certa. Talvez o melhor a se fazer é jogar de lado algumas certezas que brotam na mente sob essa carta. Esperar o dia clarear. Afinal de contas, ao final da mais escura madrugada, vem o sol e mostra as cores verdadeiras. Sem más intenções.

Queria terminar minha lunação lunática de Lua como no Housewives Tarot...

Workshop: As virtudes Neoplatônicas nas cartas de Tarot

Tarólogos, tarotistas: todos convidados!

Dia 15 de março, em São Paulo, acontece um workshop sobre as virtudes Neoplatônicas nas cartas do tarot. É um estudo que visa compreender ideias e conceitos que estão por trás de cartas como A Força, A Justiça e A Temperança, além de abordar a ideia da Prudência, onde ela se encontra entre os 22 arcanos maiores. Também falaremos um pouco de história e de como o tarot pode ser um instrumento vital para um caminho pessoal mais correto e, logo, virtuoso.

Para informações e inscrições, procurem a Edy De Lucca  (eddylucca@gmail.com)

que está lindamente organizando o evento. As inscrições já estão abertas!!!

Estrela de luz que me conduz, Estrela que me faz sonhar...

Do enredo da Mocidade Independente de 1992... e da livramento que é sonhar.

Com o processo Temperança + Estrela, a cura é completa. E livra os pensamentos de dores e
tormentos tomadores de energia.

The Sevenfold Mystery Tarot

E assim, me sinto. Como uma pessoa viva. De pés no chão, levando suas águas ao sentimento e à terra que garante o sustento e o crescimento. Na vida prática, são as oportunidades e os fazeres. Além da possibilidade de olhar para o céu e sentir-se completa sob toda aquela imensidão. Como se os ranços fossem jogados fora. Como se o pensamento se aliviasse.

Sem dúvida, as marcas de toda uma trajetória na vida são parte do que somos e elas lembram os caminhos até, que não mais desejemos ou possamos percorrer.

Eu olho para o presente com alegria e para o futuro com fé.

Penso que é o brilho dessa Estrela, essa Musa no céu que inspira.

Talvez uma grande palavra-chave seja inspiração. Para lidar com as areias do dia-a-dia.

Talvez o que seja mais cotidiano da Estrela seja o sorriso no rosto e vontade de fazer.

Pietra, estrelando

Estrelando por aí...

A carta desta lunação é a Estrela. E preciso dizer: é uma das minhas cartas favoritas das 22 maiores. Via de regra é a carta mais bem representada no tarot, suas cartas nos diversos baralhos são lindas - e, talvez, que melhor o representa, como um instrumento de abertura, de observação, de aconselhamento: abra a janela, olhe lá fora.

Quando fui tirar a lunação, entre os pedidos e orações, ela foi a primeira que saiu. Assim, despontou no altar.

Fiquei pensando, li umas coisas e adorei umas das reflexões propostas... Você estrela a sua vida?

Sinceramente, eu quero crer que sim. Em verdade, algumas boas oportunidades vêm aparecendo e me estimulam muito a continuar meu trabalho com tarot, as conversas, os estudos. A colocar palavras para fora.

The Phantonwise Tarot
http://www.phantomwise.com

Ter uma estrela brilhando no céu, sempre encanta. E quando nos deparamos com céu cheio delas? Fascinam, levam a mente pra longe. Ter um céu tão imenso sobre a cabeça dá um sentimento ambíguo, tanto de infinitude, pois fazemos parte disso tudo, de alguma forma. E de pequenez... quem sou eu no meio de tantas?

O fato é que, por vezes, alguém na terra escolhe uma estrela e fazem seus pedidos. Sinto que acontecem coisas assim comigo. E me sinto honrada de poder ser aquela estrela onde olhares se focam. Tanto como professora, quanto como pessoa. Acho aconchegante saber que há algo a oferecer. Conselhos, aulas, carinho, palavras... qualquer inspiração.

É... talvez uma das grandes palavras dA Estrela seja essa: inspiração... de bilhões de Musas que moram num céu cetim da noite.

Pietra,
wishing upon a star

Propostas, brincadeiras e práticas IV

Segue mais uma...

Uma carta: 7 de ouros

Uma proposta: Conte algo que precisa da sua paciência.

Uma reflexão: (para o fim do dia)

Pietra

Propostas, práticas e brincadeiras III

Segue...

Uma carta: O Carro

Uma proposta: Faça algo, mesmo que simples e pequeno, como um pequeno passo para andar em direção a um objetivo.

Uma reflexão: (para o fim do dia)

Pietra

Propostas, brincadeiras e práticas II

Seguindo a proposta de ontem, segue mais um convitinho...

Uma carta: 8 de ouros

Uma proposta: Faça alguma coisa que você já sabe que faz bem... e como percebe que ela está melhor que antes?

Uma reflexão: (para o fim do dia)

Pietra
(amanhã segue)

Propostas, brincadeiras e práticas I

Consegui passar uns dias em casa (eba!) com as coisas em ordem (eba eba) e andei pensando numas propostas bacanas para lidar com as cartas de uma forma criativa e que ajudem a pensar. Isso também rendeu um pouco das aulas particulares que venho dando... E de um pensamento de como podemos ir além dos significados formais das cartas e vê-las em seus detalhes, nuanças e cotidianidades.

Uma carta: 5 de paus

Uma proposta: Escreva, em 5 palavras, algo pela qual sua paixão desperta.

Uma reflexão... no fim do dia =)

Pietra
(amanhã tem mais)

Moderação

A Temperança, como virtude, como símbolo, é a atitude da moderação. Ou quem sabe, da percepção do excesso.

Ando pensando nela em vários aspectos. Primeiro em como, damos- nos por ela quando abrimos os

olhos para os exageros. Seja por manifestações físicas ou materiais ou, simplesmente, por exame de consciência. E uma vez, com essa consciência tomada, fica mais fácil de aparar as arestas. A segunda, como uma cura. Como uma paz que toma no estar do cotidiano que é vivido de forma pacífica e lúcida.

A moderação pode ser a sopa leve que tomamos para desintoxicar o corpo depois das festas. Pode ser o planejamento dos "dinheiros" de janeiro, uma vez que existe um batalhão de impostos, taxas e despesas esperando pós ano novo. Pode ser um merecido descanso, reparador, depois da atividade exaustiva.

Não penso que a coisa aconteça como uma balança... um tico de excesso, dois de moderação. Não. Quando se nota o que precisa de freio, simplesmente, freia-se. E com o diminuir da velocidade, aprecia-se o que está em volta.

A Temperança requere uma pequena receita. De misturar tanto a excitação quanto da parada. É a cura e a tranquilidade. É perceber que o nos importa merece um tanto de importância.

Viver um tanto menos, é mais. Talvez não precisemos de tudo que acreditamos que precisamos. Ou que nos acostumamos a precisar.

Olho em volta e agradeço cada uma das pequenas - e das grandes, por quê não? - que já estão presentes aqui.

Assim, convido, a mim mesma, inclusive, a sempre que achar que precisa de algo, que tal pensar na metade disso? Não como econômia, mas como um contentemento frente ao que já está lá?

Um tico de retidão... um tico de movimento... muitos sorrisos no rosto e uma tremenda satisfação do que já se conquistou =)

Pietra

2014 - acabou a preguiça

O Carro.
2+0+1+4 = 7

Não tem desculpa, não tem não saber. O Carro, como veículo da Alma, impele, leva.

Eu já pensei muito sobre O Carro e a tomada de caminho. Sempre pensei nele mais como uma organização pessoal do que como um prenuncio de vitória per se. Talvez tenha me enganado. A questão aqui é que, tomados de um veículo, o herói tem como mover-se e seguir em frente. Como se
tornaria invencível.

Como caminho, é a ascensão da alma. Ela sobre ao universo munida das virtudes que a alimentam. A escolha foi feita (Enamorados) e agora é assumir as escolhas e seguir em frente. Para a correção (A Justiça - mas isso é assunto para o ano que vem).

O fato é que foi possível, em poucos dias de 2014, realizar ticos de sonhos, tão lindos e agradáveis como o sonho todo. Afinal, de que adianta subir no veículo e não aproveitar a viagem?

A coisa é que não se trata de firmar acampamento.
Agora, do que vale sair se não podemos parar uns minutos para aproveitar a paisagem?
Disciplina, sim. Cuidado, sim. Revisões, sim.
Perceber o céu do entardecer antes de chegar em casa, também.

Um ano excelente para todos nós!
Pietra