Shadowscapes Tarot Justiça |
Um mês convivendo com essa virtude, o que em si, já não é uma tarefa simples, faz pensar em muitas coisas que vai muito além de uma ideia muito utópica de Justiça.
Sempre que lidamos com tarot, a primeira coisa é sempre o significado daquele signo. Existe já, para cada um dos arcanos, uma espécie de cara, um arquétipo do arquétipo. Ou seja, quando vemos Morte, imediatamente pensa-se, mudança. Ou Torre, desgraça... e por aí vamos. E talvez uma dessas caras da Justiça, seja uma coisa de toma lá, dá cá. O que em si, não é uma coisa errada. Porque existe mesmo essa coisa de "Karma police", o que geralmente é a nossa consciência.
Bom, claro que os anos de lida com o tarot, os estudos e a coisa toda, dão uma perspectiva. Uma ideia. E sempre que uma carta aparece, acabamos tendo um relance do que ela quer dizer ou do tema que vem nos discursar.
A Justiça, claro está, tem sim seus meios e tem seu pagamento correto, e a atitude correta... e também, que se não for por ela, também tem suas compensações: quem não age corretamente, engana, faz troça, perde clientela, por assim dizer.
Um aspecto, porém, que me chamou muito sobre a Justiça entre essas duas últimas luas cheias, foi a questão do reconhecimento. A Justiça é justa e nos pede que o sejamos, ou seja, que se há uma balança, que tentemos perspassar os dois pratos. Um nosso, o outro, coletivo, afinal, cada conflito tem dois lados da moeda... e quem sabe, a Justiça seja a verdade.
Bem, o reconhecimento, tanto da situação do outro, como da sua como prato autêntico de uma situação, pode, muitas e muitas e MUITAS vezes, não levar a um resultado desejado (aliás, vamos dizer que o desejo é sempre um complicador das coisas... quanto se deseja e, na mesma medida, o quanto se frustra), mas leva a um reconhecimento. De posturas. Do que eu fiz bem, fiz mal, o que poderia mudar... o que deve permanecer.
Talvez todas as cartas de virtude apareçam para essa limpeza interior, principalmente, se estamos falando de leituras para si ou para crescimento e entendimento de uma situação.
A Justiça vem falar de andar correto e coeso. Mas não de ferro e fogo, pois antes de tudo, somos seres humanos... que inclusive, idealizam a tal Justiça. Ordem do Universo coloca as coisas em seus lugares, inclusive ou principalmente, para quem vem trabalhando para o melhor... ou para o que acredita ser o melhor. A questão é que o reconhecimento, tanto de falhas quanto de um trabalho bem feito nos coloca em outro patamar, pois é o valor que está por trás que conta.
Fins justificam os meios? Em muitos casos, a maioria extrema, não...
Mas é a autenticidade e a busca, nem que seja em nossos meios tortos, de um bem viver que nos colocam em pratos mais equilibrados na vida.
Pietra, da Justiça (dessa toda aí de cima) como uma coisa muito libriana mesmo.
É isso ai, poderemos agir com justiça, mas de forma humanitária.Sempre.Beijão.
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