Na verdade, fiquei pensando em como um arquétipo pode caber em diversos personagens, mostrando tanto como personagens podem ser multi-facetados e arquétipos colocados em cada uma dessas facetas.
Mythic Tarot, de Liz Greene |
Lover's Path Tarot, de Kris Whalderr |
Bem, um dos mitos que se repetem nos dois decks - e queria colocar que o Mythic é a base da minha formação como taróloga. E um deles é o mito de Psiquê. É um mito que explica como a alma (Psiquê) se encontra com o amor (Eros) e depois de passar pelas durezas do mundo físico (desafios de Afrodite), ela se diviniza. Alma encontra o Amor e vai aos Céus.
O que é interessante?
No Mythic Tarot, essa é a história do naipe de copas. E Afrodite é o Ás de Copas.
No Lover's Path, essa é a história do naipe de espadas. E Afrodite é a Rainha de Copas.
E, em outros decks, encontramos Afrodite/ Vênus em outras cartas/arcanos:
- Pagem de Copas: Animals Divine, da Lisa Hunt
- Amor, ou Enamorados: Goddess Tarot, da Kris Whalderr
- Mundo: Tarô Dourado de Boticelli.
O que isso quer dizer?
Quer dizer que uma Deusa, uma figura mitológica, uma ideia humana sobre o que é divino pode se encaixar em diferentes papeis em diferentes contextos.
Isso se relaciona aos significados que damos aos personagens, contextos, palavras.
Em um contexto de amor puro, Afrodite é uma senhora soberana do amor mais dourado e celeste.
Ela também pode nos ajudar a cuidar dos corpos dos mortos, como uma última homenagem e ato de amor.
Ela pode ser o calor do corpo físico que encontra outro.
Ela ama o Guerreiro, Ares; o menino Adônis...
Psiquê, nossa alma divinizada, pode ser a personagem de copas, nos mostrando como os sentimentos e as emoções fazem a alma evoluir. Ela também pode ser uma marca dos pensamentos e manifestações mentais que animam o corpo.
As marcas humanas estão em suas palavras. Em suas manifestações em diversas linguagens. Seja pelo tarot, pela escrita, pelas Artes Plásticas, encontramos o Amor, a Beleza, a Alma podem significar coisas diferentes para diferentes pessoas.
Emprestar uma delas para fazer um deck de tarot é usar uma alegoria. Porque o arquétipo é tão antiogo e humano quanto a própria humanidade. O deck é uma forma de enxergá-lo!
Pietra, de Afrodite
E não é que aquilo deu nisso! ;)
ResponderExcluirDeu, Cris!
ResponderExcluirObrigada!!!!
Lindo, Pi. Fiquei pensando nisso ao comparar os decks baseados em contos infantis - Inner Child, da Isha Lerne´; Whimsical, da Mary Hanson-Roberts; e Fairy Tale, da Lisa Hunt. Alguns personagens se repetem em posições diferentes também; e acho que a diversidade de interpretações traz riqueza tanto à análise dos contos (ou mitos), quanto das cartas. Muito a aprender!
ResponderExcluirAdorei! ;)
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