Estou lendo "Ensaio sobre a cegueira" do José Saramago e entendendo, de verdade, porque foi prêmio Nobel de Literatura.
O que está me pegando, além de toda a questão social e moral que rola junto com a situação de "cegar-se" é o exato ato/ situação da cegueira.
http://www.midnight-arts.ca/Art_2008/Tarot.html de Rob Ingram 2 de espadas |
"como é possível que ele mude de opinião de uma leitura para a outra? Ele também está vendo o tarot?"
Na hora eu respondi a ela que, antes de tudo, existe o livre arbítrio. E com ele, a chance diária de mudar o rumo da vida.
Depois me peguei pensando: ter o tarot e saber ler essa linguagem não quer dizer que temos uma vantagem sobre os outros. Não PODE nos tornar quem tem olho em terra de cego.
O fato de ler tarot não significa que não somos "cegos" para um tanto outro de situações, de instrumentos e de um monte de coisas que podem estar acontecendo sob os nossos narizes. Ler tarot não nos faz mestres de nada - quiçá de nós mesmos.
Acredito que buscar um oráculo para que se conheça melhor é muito louvável. E claro que melhora a visão interna. Se conhecendo melhor, podemos enxergar a realidade, a vida por uma outra perspectiva, tomara mais acurada. Porém, pode nos cegar, por acharmos que apenas e somente apenas ali temos o que precisamos.
Se o tarot se torna seu mestre absoluto, vc cega. Para todo o resto que o Mundo oferece.
Equilibrar e deixar os pensamentos saudáveis. Olhar para si. Reconhecer-se nos outros. Não condenar pelo que ainda não aconteceu. Lições de uma vida toda. Que o tarot pode nos dar valiosas dicas.
Pietra
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