De Claraboia:
"Isaura mordia os pulsos. Tinha o rosto coberto de suor, os cabelos pegados à testa, a boca torcida num espasmo violento. Sentou-se na cama, meteu as mãos pelos cabelos, desvairada, e olhou ao redor. Noite e silêncio. O som do disco falho voltava do abismo do silêncio. Extenuada, deixou-se cair nos colchões. Adriana fez um movimento e continuou a dormir. Aquela indiferença era como uma recriminação. Isaura cobriu a cabeça com o lençol, apesar do calor sufocante. Tapou os olhos com as mãos, como se a noite não fosse escura o suficiente para esconder a sua vergonha."
José Saramago, 1953
Boas vindas a quem chega!
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Amando cada arcano desvendado nas linhas de Saramago. Gratidão!
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